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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Xenofobia na Africa do Sul – Moçambicanos entre as vítimas

Vinte e duas pessoas morreram na onda de violência xenófoba que afecta Johannesburgo e a sua periferia há uma semana, informou a polícia da África do Sul nesta segunda-feira.
"Segundo um novo balanço, chegam a 22 as pessoas mortas desde o início da violência, semana passada, e outras 217 foram presas", disse à AFP o porta-voz da polícia.
Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras, cerca de seis mil pessoas deixaram as suas casas temendo ataques na região de Johanesburgo. Dois mil procuraram refúgio numa delegacia de polícia no centro da cidade.
Sem controle
Policiais usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha numa tentativa de impedir que gangues de jovens armados atacassem estrangeiros e destruíssem suas propriedades.
Algumas das vítimas foram queimadas e outras espancadas até a morte. Durante a noite de sexta-feira, mais de 50 pessoas foram levadas para hospitais com ferimentos de bala e faca.
Uma igreja onde cerca de mil imigrantes do Zimbabwe procuravam refúgio foi atacada.
Problemas sociaisA onda de violência começou há cerca de uma semana no distrito de Alexandra. Imigrantes vindos de países vizinhos foram cercados por homens levando armas e barras de ferro e gritando "expulsem os estrangeiros".


Pessoas do Zimbabwe, Moçambique e Malawí fugiram para bairros próximos.O presidente sul-africano Thabo Mbeki disse que vai organizar um painel de especialistas para investigar as causas da violência, enquanto o líder do ANC no governo, Jacob Zuma, condenou os ataques.(X)

Soldado americano usa Corão para praticar tiros no Iraque

Comandantes do Exército dos Estados Unidos pediram desculpas a líderes comunitários no Iraque após um soldado americano usar uma cópia do Corão para praticar tiro ao alvo. As autoridades tentam conter uma revolta dos iraquianos aliados aos Estados Unidos.
Protestos violentos já ocorreram no mundo muçulmano quando a fé islâmica é insultada. O pedido de desculpas dos comandantes aparentemente tenta evitar reacção similar no Iraque.
Os militares americanos disseram no domingo que o soldado, que não foi identificado, foi punido e recebeu ordem para deixar o Iraque após a cópia do livro sagrado muçulmano ter sido encontrada com buracos de bala em Bagdad no dia 11 de maio.
Um líder comunitário iraquiano disse à Reuters que o pedido de desculpas pelo alto comando militar dos Estados Unidos ajudou a acalmar as tensões.(X)

Os Escolhidos da “Time”

(Estes não são influentes?)
A REVISTA "TIME" voltou a publicar a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo. Como todas as listas do género, diz mais sobre quem escolhe do que sobre os escolhidos. A maioria deles não tem nenhuma espécie de influência no mundo, embora o narcisismo americano tenha tendência a confundir a América com o centro do mundo.

Excluindo os nomes óbvios como o do Dalai Lama ou o de George W. Bush, de Oprah Winfrey ou Barack Obama, de Vladimir Putin ou Steve Jobs, de Hillary Clinton ou do casal Jolie/Pitt, a maioria dos escolhidos pertence a uma espécie de clube, o dos anteriores nomeados e suas escolhas pessoais. Fora dos Estados Unidos, e mesmo dentro dos Estados Unidos, estas pessoas têm a influência sectorial restrita a um grupo de pessoas, e apesar do trabalho meritório de muitos, esse trabalho não reflecte o poder de esculpir as ideias e as vidas da aldeia global.
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A ausência de gente verdadeiramente influente é proporcional à aceitação, por essa gente, da supremacia americana. Não constam da lista Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, nem Ahmadinejad, Presidente do Irão. Com o barril de petróleo a mais de 120 dólares, o Irão e a Venezuela podem investir o seu dinheiro na hegemonia regional e no armamento de quem quiserem. Chávez, agitando a espada de Simão Bolívar e o busto de Fidel, aspira a liderar toda a América do Sul, com excepção do mundo brasileiro que lhe escapa justamente por causa dos 180 milhões que falam português (e que tanto incomodam os fundamentalistas portugueses da língua), e a estabelecer uma influência continental. O Irão e a Venezuela são dois impulsos combinados para manter o preço do petróleo onde está, com a ajuda dos especuladores e dos outros produtores de petróleo, da Nigéria à Arábia Saudita, e não pararão aqui.
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Dois outros ausentes da lista da "Time" são Osama Bin Laden e Hassan Nasrallah. Bin Laden e o seu estratego Al-Zawahiri continuam a ser duas forças dominantes do mundo árabe extremista, e dois heróis contemporâneos para grande parte do Islão. O 11 de Setembro obrigou o Ocidente a olhar para o mundo árabe e a aprender as novas regras do jogo, e deu a esse mundo uma visibilidade e um poder que não possuía desde a expansão do império islâmico a partir do século VII. Nasrallah, um extremista que transformou um grupo marginal e destituído como o Hezbollah num exército capaz de humilhar Israel (impensável há uns anos) e numa força política capaz de paralisar o Líbano, é uma das personagens mais influentes na região, muito mais do que o escolhido Muqtada Al-Sadr, um bandido local cuja força é o resultado da fraqueza e do falhanço da estratégia americana no Iraque.(X)


Michael Moore vê risco na continuação de “Fahrenheit 11/9”

O documentarista Michael Moore, que anunciou semana passada a realização de uma sequência de "Fahrenheit 11/9" disse na sexta-feira, 16, que vai abordar temas tão "tóxicos" que provavelmente nem seja uma boa idéia fazê-lo. Mas Moore adora uma polêmica, então provavelmente o seu novo filme terá mesmo uma dose de risco - como ele mesmo admitiu a jornalistas durante o festival de Cannes.
"É algo que eu não deveria fazer, algo que é perigoso", afirmou. Segundo ele, não se trata propriamente de uma sequência de "Fahrenheit 11/9", mas o foco será o governo Bush - como ele afectou a vida dos norte-americanos e a reputação dos EUA no mundo. Moore se pergunta se, no meio de duas guerras e uma ameaça de recessão, os EUA não se tornaram uma espécie de Império Romano nos seus estertores. "Será que já chegamos nesse ponto?", questionou. "Fahrenheit 11/9", lançado em 2004, foi o documentário político mais lucrativo de todos os tempos, tendo arrecadado 220 milhões de dólares em todo o mundo.(X)

Wood Allen apresenta “Vicky Cristina Barcelona” em Cannes

"Eu adoro Barcelona, mas não houve nenhum motivo especial que me levou a filmar na cidade, simplesmente o pessoal da Espanha ligou e perguntou se eu não queria filmar lá. E eu disse: 'sim, claro que quero', e aí resolvi filmar esta comédia no país", disse Wood Allen para a imprensa no sábado, 17, após a exibição de seu novo filme em Cannes, “Vicky Cristina Barcelona”, apresentado à imprensa fora de competição.
O filme, que tem uma cena de beijo entre Penelope Cruz e Scarlett Johansson, agradou a platéia e foi tema de polêmica e piadas pela suposta cena de lesbianismo.(X)

Documentário em Cannes mostra outra face de Mike Tyson

Em entrevista no sábado, 17, na França, o ex-boxeador Mike Tyson disse se sentir "vulnerável" diante das câmeras e da platéia, após estrear na sexta-feira no Festival de Cannes o documentário sobre sua vida dirigido pelo americano James Toback.
"Estou alucinado e verdadeiramente comovido. Quando vi as câmeras e tanta gente, senti-me vulnerável", disse Tyson.
Na entrevista, Tyson disse que é "um milagre que ainda esteja vivo", depois de tudo o que passou ao longo e sua vida.
"Droguei-me, tive com gente pouco recomendável, quiseram me matar", contou. Todas essas questões são abordadas no documentário filmado por Toback, que não incluiu depoimentos de outras pessoas, apenas do ex-boxeador. "O interessante não é o que as pessoas tinham a dizer", e sim "ver Mike, ouvir a sua voz, ver a sua forma de explicar a vida", diz o director.(X)

Cannes recebe novo Indiana Jones após 20 anos de esperaw

Harrison Ford, Cate Blanchett e Spielberg causam alvoroço na pré-estréia mundial do quarto filme da série

Aconteceu o que já se previa no mundo do cinema. Cannes acordou em polvorosa para assistir finalmente Indiana Jones e a Caveira de Cristal, o quarto filme da série.
A presença do director Steven Spielberg, do produtor George Lucas e dos astros Harrison Ford e Shia Labeouf, Cate Blanchett e John Hurt e Karen Allen congestionou completamente a Croisette, avenida à beira-mar que fica em frente ao Palais du Festival, local onde são realizadas as sessões de gala.
A Caveira de Cristal teve uma recepção respeitosa, mas não deslumbrou o público do 61.º Festival Internacional do Cinema de Cannes, como as versões anteriores: Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida, 1981; Indiana Jones e o Templo da Perdição, 1984; Indiana Jones e a Última Cruzada, 1989.(X)

Morreu a companheira de sempre de Jorge Amado

O corpo de Zélia Gattai será cremado hoje (19) em Salvador.
Zélia foi vítima de insuficiência cardíaca e edema agudo pulmonar, e submeteu-se a pelo menos três outras internações, para tratar, inclusive, de uma queda.
Zélia era a grande companheira de Jorge Amado.
Ao optar por acompanhar o seu Amado, a então militante comunista, nascida em São Paulo e descendente de italianos, assumiu o trabalho de revisar e corrigir os textos de um dos baianos mais lidos.
Autora de “Anarquistas, Graças a Deus”, Zélia Gattai fazia parte dos quadros da Academia Brasileira de Letras, lugar que herdou do marido, e ficou conhecida pelos seus livros, treze ao todo, de cunho autobiográfico, e familiar.(X)

“Gomorra” traz a máfia italiana às telas de Cannes

Longa metragem do jovem director Matteo Garrone revela o lado mais duro, e belo, no actual cinema italiano no festival
Gomorra. Sodoma e Gomorra. Ou o modo como os napolitanos chamam uma das máfias mais sangrentas, e lucrativas, do mundo, mais conhecida como Camorra para os não especialistas no assunto. São os intestinos desta organização criminosa e fascinante que o filme do jovem director Matteo Garrone revela de forma seca, mas precisa. Gomorra chegou à Croisette como um dos favoritos à Palma de Ouro da 61ª edição do Festival de Cannes.(X)