PEQUIM - Os pais cujos filhos foram mortos ou mutilados pelo terramoto que atingiu a China poderão ter outro bebê. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 26, por funcionários encarregados de administrar a política do filho único em parte da região atingida, como uma forma de oferecer algum consolo aos casais em luto.
Caso o único filho tenha sido morto, gravemente ferido ou esteja mutilado, os pais podem conseguir uma autorização e então ter um novo bebê.
O terremoto do dia 12 de maio causou ainda mais dor para muitos chineses pelo facto de eles terem perdido o único filho. A destruição de quase 7 mil salas de aula durante um dia de aulas deixou o país entristecido, com dezenas de fotos de jornais focando mochilas de alunos perto dos escombros e pequenas mãos surgindo da destruição.
Mais de 65 mil pessoas foram mortas pelo terramoto, que também deixou 23 mil desaparecidos. O número de vítimas fatais deve subir. Funcionários ainda não estimaram o número de crianças mortas.
A política do filho único foi implantada na China no fim da década de 1970, para controlar a população e garantir um melhor ensino e cuidados de saúde para as crianças. A lei inclui certas excepções para alguns grupos étnicos, regiões rurais e famílias nas quais marido e mulher são filhos únicos.
Segundo o governo, com estas regras o país evitou 400 milhões de nascimentos. Mas os críticos afirmam que a legislação levou a abortos, além de um desequilíbrio entre os sexos - as famílias chinesas em geral preferem ter meninos.
Os casais que têm mais de um filho geralmente são multados. Segundo o anúncio feito nesta segunda-feira, se um dos filhos morreu no terramoto, a família não terá mais que pagar multas - mas os valores pagos anteriormente não serão reembolsados.
Muitos chineses demonstraram o desejo de adoptar órfãos do terramoto. Segundo o governo, uma família pode adoptar quantas crianças quiser neste caso, sem nenhum tipo de punição.
Chen Xueyun está entre os que podem ser beneficiados pela nova medida. Ele perdeu o filho de oito anos, Weixi, quando o apartamento da família em Qingchuan desmoronou. O pai procurou por três dias até encontrar o corpo do filho.
"Se eles (os pais) estão ainda tristes e deprimidos, é impossível falar de um novo bebê", disse Chen. "Mas no futuro, pode ser muito útil para eles". Chen confessou que deseja ter outro filho, mas ainda não conversou sobre isso com a esposa.
"Ela não tem uma boa saúde, e está com medo pois seria perigoso ter outra gravidez, então não ousei falar sobre isso", explicou. "Ela perguntoume se nós podemos adoptar um órfão do terramoto, mas eu disse para falarmos disso depois."(X)
Caso o único filho tenha sido morto, gravemente ferido ou esteja mutilado, os pais podem conseguir uma autorização e então ter um novo bebê.
O terremoto do dia 12 de maio causou ainda mais dor para muitos chineses pelo facto de eles terem perdido o único filho. A destruição de quase 7 mil salas de aula durante um dia de aulas deixou o país entristecido, com dezenas de fotos de jornais focando mochilas de alunos perto dos escombros e pequenas mãos surgindo da destruição.
Mais de 65 mil pessoas foram mortas pelo terramoto, que também deixou 23 mil desaparecidos. O número de vítimas fatais deve subir. Funcionários ainda não estimaram o número de crianças mortas.
A política do filho único foi implantada na China no fim da década de 1970, para controlar a população e garantir um melhor ensino e cuidados de saúde para as crianças. A lei inclui certas excepções para alguns grupos étnicos, regiões rurais e famílias nas quais marido e mulher são filhos únicos.
Segundo o governo, com estas regras o país evitou 400 milhões de nascimentos. Mas os críticos afirmam que a legislação levou a abortos, além de um desequilíbrio entre os sexos - as famílias chinesas em geral preferem ter meninos.
Os casais que têm mais de um filho geralmente são multados. Segundo o anúncio feito nesta segunda-feira, se um dos filhos morreu no terramoto, a família não terá mais que pagar multas - mas os valores pagos anteriormente não serão reembolsados.
Muitos chineses demonstraram o desejo de adoptar órfãos do terramoto. Segundo o governo, uma família pode adoptar quantas crianças quiser neste caso, sem nenhum tipo de punição.
Chen Xueyun está entre os que podem ser beneficiados pela nova medida. Ele perdeu o filho de oito anos, Weixi, quando o apartamento da família em Qingchuan desmoronou. O pai procurou por três dias até encontrar o corpo do filho.
"Se eles (os pais) estão ainda tristes e deprimidos, é impossível falar de um novo bebê", disse Chen. "Mas no futuro, pode ser muito útil para eles". Chen confessou que deseja ter outro filho, mas ainda não conversou sobre isso com a esposa.
"Ela não tem uma boa saúde, e está com medo pois seria perigoso ter outra gravidez, então não ousei falar sobre isso", explicou. "Ela perguntoume se nós podemos adoptar um órfão do terramoto, mas eu disse para falarmos disso depois."(X)