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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

segunda-feira, 28 de abril de 2008

NOS EUA, PEDIR SACRIFÍCIOS NÃO É SLOGAN ELEITORAL

Entre as suas proezas históricas, George W. Bush é um presidente que levou os americanos à guerra no Iraque sem aumentar os impostos.
Ele, na verdade, baixou os impostos para os mais ricos, sem exigir grandes sacrifícios da sociedade americana em geral.
A conta da proeza está aí: a dívida nacional inchou de US$ 5.6 trilhões em 2001 para US$ 9.1 trilhões.(X)

MIA COUTO, MUTUMBELA GOGO E GALAGAZUL NO FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO E ARTES DE LUANDA

Os grupos teatrais moçambicanos Mutumbela Gogo e Galagazul vão participar de 08 a 30 de Maio, no primeiro Festival Internacional de Teatro e Artes de Luanda, para assinalar o vigésimo aniversário do grupo angolano «Elinga Teatro».
Sabe-se entretanto, que o grupo português Trigo Limpo vai exibir naquele evento a peça «Chovem Amores na Rua do Matador», um texto escrito pelos escritores moçambicano Mia Couto e angolano José Agualusa.
O director artístico do Trigo Limpo, José Rui Martins, disse que a peça baseada no texto de Mia e Agualusa retrata o regresso de um homem à sua terra natal e que pretende vingar-se de três mulheres que tinham sido os seus grandes amores, mas chega à conclusão que a paixão que ainda nutria por elas não o deixava cumprir a sua vingança.
«É um prazer poder partilhar com esses dois autores do nosso encantamento este espectáculo que teve estreia em Dezembro do ano passado e que tem tido uma intensa digressão por todo o país nos últimos meses», disse José Rui Martins.
O Festival Internacional de Teatro e Artes é uma organização do Elinga Teatro.
Do espectáculo vão fazer parte, além dos dois grupos moçambicano, os Fidalgo, da Guiné-Bissau e o Centro Cultural do Mindelo, de Cabo Verde.(X)

COMUNICAÇÃO SOCIAL: AUTORIDADE REGULADORA PRECISA-SE EM MOÇAMBIQUE

Maputo acolhe Conferência sobre Radiodifusão em Moçambique (28/29/Abril)

Lei da Radiodifusão
Pretendemos dar um contributo para enriquecer o esboço da nova Lei de Radiodifusão em Moçambique.
Os subsídios virão da sociedade civil, dos utentes e profissionais da área
”. Tomás Vieira Mário (MISA)

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa: escolha de Moçambique
Moçambique é um espaço de liberdade de imprensa que está em expansão; é nossa responsabilidade manter esse “status”. Tomás Vieira Mário(MISA)

Papel das Empresas Públicas de Radiodifusão

Eduardo Namburete (Deputado): "No lugar de disputarem o mesmo espaço com as privadas devem se concentrar naquilo que são as prioridades do público, nomeadamente, as suas preocupações em relação à educação, saúde, agricultura e muito pouco o lado comercial.
O que acontece é que as empresas públicas (área da Comunicação Social), porque insuficientemente financiadas pelo estado de forma a exercer as suas obrigações, acabam por disputar o mercado de publicidade.
O governo deve traçar linhas muito claras sobre o porquê de uma rádio e televisão públicas e, com base nisso, alocar-se os recursos para que elas não enveredem pela publicidade como meio para a sua sobrevivência.
Outro problema: a forma como estas instituições públicas estão a ser administradas: as suas estruturas de funcionamento não permitem a necessária independência porque integradas por personalidades indicadas pelo governo do dia, o que até certo ponto limita a necessária insenção e liberdade dos profissionais desses orgãos
".

Autoridade de Regulação na Comunicação Social Precisa-se
José Rodrigues dos Santos (Jornalista da RTP): “Devem ser criados mecanismos para assegurar a independência na nomeação dos responsáveis da rádio e televisão públicas, que não devem ser feitas directamente pelo governo.
É importante também que haja mecanismos indenpendetes que fiscalizem essa postura na rádio e televisão pública; finalmente que haja uma forte formação cívica entre os jornalistas e sobretudo dos responsáveis de modo que tenham a noção de que há certas situações em que o interesse do público não é, necessariamente, o interesse do governo do dia e, nessas situações, é o interesse público que prevalece
”.


As nomeações
Estas devem ser feitas por um organismo independente do género “Regulador da Área da Comunicação Social", constituído por (exemplos) escritores e jornalistas conhecidos e prestigiados, pessoas que representem a sociedade civil moçambicana neste caso.
Estes estariam em condições de fazer uma escolha consensual de um responsável das empresas públicas de comuicação social.
O fundamental é que elas não devem deixar de ser públicas para serem do governo
”. (X)

FILME "HÓSPEDES DA NOITE" - PRIMEIRO LUGAR NA BÉLGICA

O filme moçambicano “Hóspedes da Noite” realizado por Licínio Azevedo e produzido pela Ebano, recebeu o Primeiro Prémio no Quarta Festival de Filmes Africano realizado em Bruxelas, Bélgica, durante uma semana e que encerrou no passado dia 22.
O júri, composto por sete estudantes de cinema belgas e burkinabes (Burkina Fasso) sob a presidência pelo prestigiado documentarista senegalês Samba Félix N´diaye, outourgou por unanimidade o prémio ao filme moçambicano.
Em competição estavam 16 outras obras africanas seleccionadas entre 140 filmes, e que foram vistos por quatro mil e quinhentos espectadores.
Ao justificar a sua escolha, o júri salientou que a obra do cineasta moçambicano “revela um olhar audacioso, sem nenhuma condescendência, sobre um micro-cosmo universal”.

Chuva de prémios
Hóspedes da Noite”, realizado inteiramente nas ruinas do Grande Hotel, na cidade da Beira, havia recebido recentemente o Troféu de Ouro para o melhor documentário no Festival Internacional de Produções Audio-visuais, em Biarritz, França, competindo com produções do Líbano, Reino Unido, Bélgica, Itália, Alemanhã, França, Grécia, Austrália, China, Japão e Israel.

2007 em grande
A Ebano e os realizadores a ela associados começaram o ano em grande. Para além dos prémios de “Hóspedes da Noite”, o filme da moçambicana Isabel Noronha, “Ngwenya, o Crocodilo” sobre o pintor Malangatana, recebeu há duas semanas o prémio para o Melhor Documentário Longa-Metragem no importante Festival de Filmes da Ásia, África e América Latina, na Itália.

Primeiro lugar em África?
Segundo declarações de Licínio Azevedo, com o prémio agora arrecadado no festival belga e com aqueles importantes trés prémios, “se para o cinema houvesse uma classificação nos moldes da FIFA para o futebol, então Moçambique estaria em primeiro lugar em África”.(X)

A obra de Licínio vista pelo bloguista brasileiro Carlos Alberto Mattos
“Licínio vive de cinema num país que teima em fazer cinema. Desenvolveu uma linguagem em que conta pouco a diferença entre ficção e documentário. Talvez o ápice desse processo seja o espantoso Desobediência, de 2002... Mas a filmografia do realizador exibe títulos já célebres como A Guerra da Água, Árvore dos Antepassados e Tchuma Tchato, onde realidade e representação se integram de maneira natural e muito típica do modo de pensar africano. Ele nunca utiliza narração off nem entrevistas, preferindo mostrar seus personagens “a viver situações”.