Musicalmente, a balada moçambicana tem nomes importantes no seu historial, contando-se, entre eles, nomes como os de Raul Baza-Baza, António Wiliam, Eusébio Johane Tamele, Maklin Comiche. Obviamente que os nomes da balada moçambicana não se esgotam nos que citamos. Nomes há, como os de Arão Litsure, Hortêncio Langa, os irmãos Cabaço, Rabadab Zam’taka, cuja abordagem merece um programa diferente, uma vez que representam um tempo e motivações igualmente diferentes. Hoje, falaremos da balada moçambicana do cancioneiro popular moçambicano, e numa próxima ocasião da balada nacional que resultou do cancioneiro moderno europeu, e muito principalmente do cancioneiro americano.
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Maklin Comiche terá sido, quanto a nós, uma das melhores vozes da balada moçambicana, mas infelizmente pouco recordada entre nós. Sem se furtar muito à linha melódica e vocal de Gabriel Chihau, aliás seu contemporâneo, Comiche foi no entanto diferente por conferir maior estrutura poética aos seus versos, talvez porque Chihau se mantenha mais fiel à estrutura original dos temas que interpreta, mais propensa à dança do que, propriamente, ao canto. Esta é a nossa percepção, mas deixemos o ouvinte julgar ao seu melhor critério sobre Maklin Comiche, que nos brinda à entrada com um tema emblemático do seu reportório:
(*) – Texto do Programa “Clube dos Entas”, a ser transmitido dia 23 (22H05) e 27 (02H05) na Antena Nacional da Rádio Moçambique: FM 92.3