Homem mata sete a facadas em bairro de Tóquio

TÓQUIO - Um homem armado com uma faca matou sete pessoas e deixou outras 11 feridas no centro de Tóquio, no Japão, na manhã deste domingo, depois de atropelar um grupo de pedestres no distrito de Akihabara, uma área popular entre jovens e turistas pelas suas lojas de games e electro-docmésticos.

Segundo testemunhas, o suspeito dirigiu a sua carrinha contra as pessoas e depois começou a esfaquear todos que com ele se cruzavam. Ao ser preso perto do local dos ataques, o homem declarou estar cansado da vida.
- Estou cansado do mundo. Qualquer um está bom. Vim sozinho - disse ele ao ser preso pela polícia.
Um turista britânico que chegou ao bairro logo depois do ataque descreveu o crime como uma carnificina.
- Os corpos estavam por todos os lados. Alguns estavam conscientes, outros não, deitados na calçada e na rua. Havia muita gente, muitos curiosos - disse James Slaymaker à imprensa que estava no local.
Outra testemunha disse à agência de notícias japonesa Kyodo News que o "assassinosaltou sobre outro homem que ele tinha atropelado com o seu carro e o esfaqueou diversas vezes. Andando na direção da estação de Akihabara, ele cortava pessoas aleatoriamente."

Uma data marcada por crimes

O assassinato no bairro de Tóquio aconteceu no mesmo dia em que, em 2001, um homem com problemas mentais entrou numa escola primária e matou oito crianças a facadas.
Outros 15 estudantes e professores ficaram feridos no ataque, ocorrido na cidade de Osaka.
Este tipo de episódio, que já foi raro no Japão, está a tornar-se mais comum nos últimos anos.
Em janeiro, um rapaz de 16 anos armado com duas facas de cozinha feriu várias pessoas numa rua comercial lotada em Tóquio.(X)

Hillary abandona campanha e pede apoio integral à candidatura de Obama

A senadora americana Hillary Clinton abandonou oficialmente neste sábado a sua campanha à Presidência dos Estados Unidos, e declarou apoio integral à candidatura de Barack Obama. Num discurso aos seus eleitores em Washington, Hillary agradeceu pelos votos e pela confiança nela depositada, encerrando de vez a disputa do Partido Democrata.
Emocionada, Hillary convocou os seus partidários a “concentrar a nossa energia para ajudar a eleger Barack Obama, o próximo presidente dos Estados Unidos”. ”Hoje, suspendo a minha campanha, congratulo-o pela sua vitória nesta extraordinária campanha e dou-lhe todo o meu apoio. E peço que todos vocês se juntem a mim para ajudar a eleger Barack Obama", declarou.
Acompanhada no palanque pelo marido e ex-presidente Bill Clinton e pela filha Chelsea, a senadora elogiou o seu eleitorado. “Não é exactamente a festa que eu planeie, mas eu gosto muito da companhia de todos vocês". "Mulheres e homens, jovens e idosos, brancos e negros, ricos e pobres, gays e heterossexuais. Vocês lutaram comigo, e por isso digo que vou continuar firme ao lado de vocês”, despediu-se a ex-primeira dama, coberta de aplausos pela multidão presente ao National Building Museum, onde aconteceu o discurso.
Com o apoio irrestrito que prometeu dar a Obama, Hillary abre caminho para que o Partido Democrata volte a unir-se em torno de uma única figura, depois de uma longa disputa que dividiu os seus integrantes e eleitores ao meio. Superar a sua divisão interna é hoje o principal desafio dos democratas, que têm pela frente o senador John McCain, há meses definido como candidato republicano.(X)