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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

domingo, 18 de janeiro de 2009

É o começo ou o fim?

Com uma crise que ameaça a hegemonia americana no mundo, Obama toma posse com um desafio enorme: ou apruma os EUA para se manter como potência dominante no século 21 ou administra o declínio de uma supremacia que moldou o mundo tal como o conhecemos hoje.

Comboio de Obama chega a Washington para a festa da posse



Barack Obama chegou a Washington ao fim de uma viagem de comboio que reproduziu a rota histórica de Abraham Lincoln e colocou o presidente eleito mais perto da posse. Multidões enfrentaram as temperaturas frígidas do inverno da Nova Inglaterra para saudar Obama ao longo da rota de 220 km entre Filadélfia e a capital.
Ele vai prestar o juramento de posse dentro de três dias, sucedendo ao presidente George W. Bush.
No início da viagem, Obama prometeu dar ao país "uma nova Declaração de Independência", livre de pensamentos mesquinhos, preconceitos e extremismo.
A viagem incluiu uma escala em Delaware para pegar o vice-presidente eleito Joe Biden e outra escala em Baltimore para um discurso no qual ele pediu que "procuremos juntos uma vida melhor na nossa época".
Obama invocou o legado de gigantes da história americana, apelando "não para os nossos instintos fáceis, mas para nossos melhores anjos", um eco do discurso de posse de Lincoln. Ele destacou os enormes desafios à frente e prometeu agir com "urgência feroz", uma frase frequentemente usada por Martin Luther King.
No caminho Obama prestou homenagem a Biden, que durante anos fez a viagem de comboio de Delaware a Washington, onde era membro do Congresso. Ele disse à multidão que acertar as coisas para o país é a razão que o levou a pedir a Biden que "tomasse mais um comboio, para Washington".
Na escala de Wilmington, Obama misturou-se à multidão e saudou o povo. Ele usou a oportunidade para repetir o refrão dos últimos dias: o país não deve desanimar por causa da má situação econômica.
No meio da tarde, o comboio de Obama fez uma segunda "lenta passagem" por Edgewood para entrar na zona rural de Maryland, ao norte de Baltimore. Ele foi saudado por uma multidão de cerca de mil pessoas.
Em pé no último vagão do comboio, decorado com bandeiras e um selo presidencial, Obama acenava com entusiasmo ao passar. Ele e a sua mulher, Michelle, e as filhas Malia e Sasha tiveram uma partida animada ao partir com o comboio da estação da Rua 30, em Filadélfia.

Filha de Uderzo contesta continuidade de Astérix



Enquanto Albert Uderzo prepara um novo álbum de Astérix, a sair em Outubro, para assinalar os 50 anos da personagem que criou com René Goscinny em 1959, a sua filha Sylvie publicou esta semana no diário uma carta aberta onde acusa o pai de ter cedido às intenções do grupo Hachette, para que as aventuras do pequeno gaulês continuem a sair após a morte daquele.

A Hachette Livre tomou em Dezembro passado uma posição maioritária nas Éditions Albert René, fundadas por Goscinny e Uderzo em 1979, ao comprar os 40% de Uderzo, actualmente com 81 anos, e os 20 por cento de Anne Goscinny, filha do argumentista da série.

Segundo escreve Sylvie Uderzo, ex-directora-geral das Éditions Albert René, da qual foi afastada e de que continua a possuir 40 por cento,,"a intenção de Albert Uderzo foi sempre de fazer como Hergé: depois dele partir, não deveria haver mais álbuns de Astérix assinados por outros autores".

Trata-se assim de "uma viragem de 180 graus, fruto "de um punhado de conselheiros na sombra, que rondam os artistas para aproveitarem a oportunidade de se 'servirem' antes que seja tarde demais". E ataca "a manipulação destinada a mudar o curso natural da vida e da sobrevivência de uma obra de arte", dizendo que o pai, "aos 81 anos, decidiu fazer tudo o que sempre me tinha ensinado a não fazer!".

Preocupada que "a tribo de irredutíveis gauleses que resistia sempre ao invasor esteja a ser definitivamente vencida pelas tropas de Júlio César", Sylvie Uderzo diz-se determinada em bater-se "para preservar tudo o que (o seu pai) fez, tudo o que o animou: a sua obra imaginada a quatro mãos com René Goscinny!". E frisa não se tratar de "um conflito familiar", mas sim de uma luta "contra os piores inimigos de Astérix: os homens da indústria e da finança. Aqueles que levaram o meu pai a renegar todos os valores com os quais ele me educou: a independência, a fraternidade, o convívio e a resistência".

Esta carta aberta tem tido muito eco no meio da banda desenhada franco-belga, nomeadamente nos sites especializados.