Por: Edmundo Galiza Matos
NÃO FALTA MUITO. O 4 de Outúbro está próximo. Os moçambicanos vão celebrar a Dia da Paz. Uma paz alcançada já lá vão quase 16 anos.
Quando os milhões de moçambicanos já só pensam no erguer o país das cinzas, em guindá-lo para patamares de desenvolvimento minimamente aceitáveis para as suas vidas, sem os horrores da guerra a pairar sob as suas cabeças, ainda se ouve ou se lê uma frase como esta: “Jamais voltaremos a pegar em armas”.
Para um bom entendedor está se perante um aviso macabro: “Não se esqueçam que nós ....”
O povo, esse, está-se maribando, bem se vê e, como só ele sabe, da-nos lições sublimes de amor, paz, harmonia e ... reconciliação entre almas outrora desavindas.
Chibassa foi durante a guerra uma base da Renamo, em Jangamo, Província de Inhambane. A dois kilometros do centro dessa base funcionou um posto avançado dos homens da guerrilha, palco da chacina de centenas dos habitantes da circunvizinhança.
“Foi um autêntico matadouro”, relata o jornalista Matias Vilanculos em despacho transmitido no Jornal da Manhã da Rádio Moçambique desta segunda-feira, 5, e no qual ele nos transmite a ideia de que se existe alguém que pensa ainda em retornar à guerra, esse só pode vir dos políticos.
Vilanculos, na sua peça, enfatiza que “hoje, 16 anos depois da guerra, os pacíficos e pacatos cidadãos de Chibassa, que sabiam quem era quem e o grau de envolvimento de cada um na guerra, resolveram apertar as mãos e uniram-se para enterrar condignamente os seus defuntos”.
As ossadas humanas, espalhadas por todos os cantos do povoado, que dificultavam até a lavoura ou que jaziam no fundo dos poços e das lagoas, foram recolhidas e colocadas precisamente no local onde funcionava o posto avançado da guerrilha, hoje transformado em Monumento à Paz e Reconciliação Nacional.
No total foram contabilizados até agora 400 cránios humanos. E ainda há mais por recolher.
“Hoje todos falamos de paz, e independentemente do lado em que cada um se encontrava na guerra, não apontámo-nos o dedo”, são palavras proferidas por Filipe Tafula Comé, líder comunitário de Chibassa.(X)
Quando os milhões de moçambicanos já só pensam no erguer o país das cinzas, em guindá-lo para patamares de desenvolvimento minimamente aceitáveis para as suas vidas, sem os horrores da guerra a pairar sob as suas cabeças, ainda se ouve ou se lê uma frase como esta: “Jamais voltaremos a pegar em armas”.
Para um bom entendedor está se perante um aviso macabro: “Não se esqueçam que nós ....”
O povo, esse, está-se maribando, bem se vê e, como só ele sabe, da-nos lições sublimes de amor, paz, harmonia e ... reconciliação entre almas outrora desavindas.
Chibassa foi durante a guerra uma base da Renamo, em Jangamo, Província de Inhambane. A dois kilometros do centro dessa base funcionou um posto avançado dos homens da guerrilha, palco da chacina de centenas dos habitantes da circunvizinhança.
“Foi um autêntico matadouro”, relata o jornalista Matias Vilanculos em despacho transmitido no Jornal da Manhã da Rádio Moçambique desta segunda-feira, 5, e no qual ele nos transmite a ideia de que se existe alguém que pensa ainda em retornar à guerra, esse só pode vir dos políticos.
Vilanculos, na sua peça, enfatiza que “hoje, 16 anos depois da guerra, os pacíficos e pacatos cidadãos de Chibassa, que sabiam quem era quem e o grau de envolvimento de cada um na guerra, resolveram apertar as mãos e uniram-se para enterrar condignamente os seus defuntos”.
As ossadas humanas, espalhadas por todos os cantos do povoado, que dificultavam até a lavoura ou que jaziam no fundo dos poços e das lagoas, foram recolhidas e colocadas precisamente no local onde funcionava o posto avançado da guerrilha, hoje transformado em Monumento à Paz e Reconciliação Nacional.
No total foram contabilizados até agora 400 cránios humanos. E ainda há mais por recolher.
“Hoje todos falamos de paz, e independentemente do lado em que cada um se encontrava na guerra, não apontámo-nos o dedo”, são palavras proferidas por Filipe Tafula Comé, líder comunitário de Chibassa.(X)