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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

quarta-feira, 21 de maio de 2008

África do Sul pode usar Exército para conter violência xenófoba

Ministros de segurança da Africa do Sul discutem a possibilidade de contar com o Exército para interromper a onda de ataques contra estrangeiros, que já causou pelo menos 22 mortos.
O pedido foi por grupos de direitos humanos e pelo ANC e outros da oposição.

A escalada dos ataque contra estrangeiros, que teve início na semana passada, é uma das piores ondas de violência na Africa do Sul desde o fim do apartheid.
As vítimas são principalmente do Zimbabwe, de onde saíram para fugir da miséria e da violência. Dos cerca de 5 milhões de imigrantes na África do Sul, 3 milhões são zimbabwanos.
Os sul-africanos pobres acusam os imigrantes de roubar empregos que poderiam ser ocupados por trabalhadores locais, diante de uma taxa de desemprego de 30%.
Os estrangeiros também são responsabilizados pela falta de habitação e por fomentar a violência nas periferias.
O presidente Thabo Mbeki condenou a onda de violência xenófoba classificando-a de "vergonhosa e criminosa".
O secretário-geral do Congresso Nacional Africano (ANC), Gwede Mantashe, afirmou que se o Exército fôr utilizado, os militares teriam o apoio da polícia.
O reforço policial já foi enviado para as áreas afectadas e Mbeki disse que ela (polícia) chegaria "à raiz da anarquia".
Na segunda, a coaligação de grupos de direitos humanos chamou os ataques de “emergência nacional” e apelou para que o governo considerasse o uso de tropas.
“Isso é uma guerra. Eles gritaram para eu sair, disseram que eu não pertencia a este lugar e queimaram a minha casa toda”, afirmou à agência Reuters Lucas Zimilia, moçambicano que foi ferido com um machado.
Os ataques xenófobos começaram no bairro de Alexandria, em Johannesburgo, mas espalharam-se para outros bairros e outras cidades, principalmente na fronteira com o Zimbabwe.
Principal alvo dos agressores, muitos imigrantes zimbabwanos disseram que pretendem voltar para o seu país, que enfrenta uma inflação de 165.000% ao ano (a maior do mundo) e um impasse político desde a eleição presidencial de março.
A segunda volta - entre o presidente Robert Mugabe e o opositor Morgan Tsvangirai - está marcada para 27 de junho.(X)


Saúde: Cientistas reúnem-se para lembrar 25 anos do HIV

Dezenas de cientistas estão reunidos no Instituto Pasteur de Paris durante trés dias para discutir os 25 anos do HIV e os esforços da comunidade científica para vencer a Sida.
Para dar a real importância a este encontro é preciso lembrar a data de 20 de maio de 1983, quando a revista científica Science publicou um artigo de autoria de doze pesquisadores franceses.
No texto, os cientistas identificavam o agente responsável pela Sida, o LAV, sigla para “Lymphadenopathy Associated Virus”, que seria rebatizado de “vírus da imunodeficiência humana”, o HIV que nós conhecemos.
Na ocasião, os cientistas mostraram-se confiantes de que uma vacina seria elaborada tão rápido quanto possível.
Hoje, volvidos 25 anos e mais de 25 milhões de mortos, a ciência ainda não obteve a cura para a doença.
No início da reunião de Paris, Luc Montagnier e Robert Gallo, os dois principais nomes da descoberta de 1983, lamentaram a lentidão no processo de combate a epidemia.
Este aniversário não é uma celebração nem uma comemoração, pois o vírus continua aí”, afirmou o professor Montagnier.
Gostaria de festejar com vocês o fim da Sida, ao invés dos 25 anos do descobrimento do vírus”, declarou, para depois setenciar “Não estamos nada satisfeitos.”
O professor americano Robert Gallo lamentou que os testes com a vacina não tenham sido feitos em grande escala, destacando que “houve grandes avanços, mas também grandes erros e falta ainda muito por fazer”.
Referindo-se aos efeitos trágicos da doença, Gallo comparou a Sida a um “tsunami mensal, com 200 mil mortos”, e denunciou a falta de acesso a medicamentos por parte das populações.
Os participantes apontaram ainda a extrema capacidade de mutação do vírus da Sida.
Em apenas uma pessoa doente há mais variações do que numa epidemia mundial de gripe”, afirmou Gary Nabel, do Centro de Pesquisas sobre Vacinas de Bethesda dos Estados Unidos da América.
Os participantes também chamaram a atenção sobre a necessidade de financiamento para a pesquisa.
O dinheiro é sempre um problema, mas hoje é o maior problema”, disse Gallo.
A França, número dois mundial da pesquisa sobre a Sida, dedica um orçamento anual ao desenvolvimento da vacina de 5 milhões de euros, bem atrás dos 600 milhões de dólares utilizados pelos Estados Unidos.(X)

Crianças/soldados: número caiu nos últimos anos

O número de crianças forçadas a lutar em guerras caiu, mas alguns governos e grupos armados resistem à pressão mundial contra essa prática, segundo um relatório divulgado na terça-feira. A Coligação “Parar com o Uso de Crianças-Soldados” disse que o número de conflitos que empregam menores caiu de 27 em 2004, ano do relatório anterior, para 17 em 2007.
A entidade diz que é impossível fazer estimativas seguras, mas que dezenas de milhares de crianças lutaram em guerras entre 2004 e 2007.
Nove governos nesse período usaram menores nos seus exércitos - Mianmar, Chade, República Democrática do Congo, Somália, Sudão, Uganda, Iêmen e Israel.
A Grã-Bretanha é apontada como tendo enviado menores de 18 anos para combater no Iraque.
Crianças soldados são ideais porque não se queixam, não esperam por salário e, se alguém as manda matar, elas matam mesmo”, disse um oficial do Chade citado no relatório. Em 19 países, crianças e adolescentes foram recrutados para grupos armados, sendo que em 14 países houve recrutamento por grupos ligados aos respectivos governos.
Adolescentes foram usados em atentados suicidas no Afeganistão, no Iraque e nos territórios palestinos.
A maioria dos governos acusados nega o uso de crianças ou diz estar a combater o problema. Entre os grupos importantes acusados de usar menores como combatentes estão os Tigres da Libertação Tâmil do Sri Lanka, o Exército de Resistência do Senhor do Uganda e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, além de guerrilheiros maoístas da Índia e rebeldes da Tailândia.
Para Victoria Forbes Adam, directora da coaligação, o direito internacional teve um impacto limitado em deter o uso de crianças-soldados por grupos armados.
Comandantes rebeldes de Serra Leoa e do Congo Democrático estão a ser julgados por crimes de guerra devido ao problema, mas muitos outros acusados desfrutam da impunidade.(X)

Bruce Lee e Nelson Mandela terão musicais na Broadway

Musicais distintos sobre o herói das artes marciais e sobre a luta contra o apartheid na África do Sul chegarão aos palcos nos próximos anos.
“Bruce Lee: Jornada para o Ocidente” será um musical contando a história de seu sucesso em 2010 e 2011. Separadamente, para maio de 2010 está previsto um musical baseado em parte nas memórias ainda não publicadas de Zindzi Mandela, filha do ex-presidente sul-africano. A produção sobre Bruce Lee irá retratar a carreira do astro do kung-fu usando elementos da mitologia chinesa para ilustrar sua jornada.Lee, que morreu em Hong Kong em 1973, era admirado por fãs pelos seus filmes de artes marciais. Pelo menos quatro documentários foram feitos sobre sua vida. Ele nasceu em 1940 na cidade de San Francisco, cresceu em Hong Kong e virou um mago do Kung Fu com apenas 10 anos de idade. O espetáculo irá incluir artes marciais, Ópera chinesa, dança moderna e música pop, mostrando a luta de Lee para purificar o seu espírito, tornar-se um mestre das artes marciais e conseguir uma união entre o Ocidente e o Oriente. O actor principal ainda não foi escolhido. As memórias de Zindzi Mandela contam anedotas da sua juventude no apartheid sul-africano com o seu pai na prisão, de acordo com um comunicado dos produtores.
“Acho que é a hora certa para que a história seja contada, e a idéia da PSE Broadway de levar a história ao palco de um musical é empolgante”, disse Zindzi numa declaração.(X)

Judeus ortodoxos queimam exemplares do Novo Testamento

Judeus ortodoxos queimaram centenas de cópias do Novo Testamento, na última acção violenta contra missionários cristãos na Terra Santa.
Segundo o vice-prefeito de Or Yehuda, Uzi Aharon, missionários entraram recentemente na cidade de 34 mil habitantes, no centro de Israel, distribuindo centenas de Novos Testamentos e material missionário.
Após receber reclamações, Aharon entrou num carro e, de um alto-falante, disse à população que entregasse o material para estudantes de religião judaica que o recolheriam de porta em porta. Os livros foram amontoados numa pilha e incendiados perto de uma sinagoga, informou o vice-prefeito.
O jornal Israeli Maariv divulgou nesta terça-feira, 20, que centenas de estudantes de escolas religiosas judaicas participaram da queima. Mas Aharon disse que poucos estudantes estavam presentes, e que ele mesmo não estava no momento da destruição dos livros.
O vice-prefeito afirmou a propósito que "Eu certamente não condeno a queima dos livros", disse. "Eu condeno os que distribuíram os livros."
Os judeus seguem o Antigo Testamento, que inclui os Cinco Livros de Moisés e os escritos de profetas antigos. Os cristãos acreditam tanto no Velho quanto no Novo Testamento, este último incluindo os quatro Evangelhos (vida de Jesus Cristo) hoje aceites pelas igrejas, as cartas dos apóstolos às primeiras comunidades cristãs no Império Romano e o Livro do Apocalipse.
O facto de judeus queimarem livros é mal visto por muitos em Israel, por causa da associação com nazistas que queimavam pilhas de publicações judaicas durante o Holocausto, ou genocídio, na IIª Guerra Mundial (1939-45).(X)

Bush pede desculpas ao Iraque por tiros no Corão

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu desculpas ao primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al Maliki, e prometeu punir o soldado norte-americano acusado de usar um exemplar do Corão como alvo para tiros, disse o governo do Iraque na terça-feira. Num comunicado, Bagdad disse que o pedido de desculpas foi apresentado pessoalmente por Bush em telefonema a Maliki. Comandantes militares dos EUA no Iraque já haviam pedido desculpas aos líderes iraquianos depois que um exemplar do livro sagrado do Islão foi encontrado cravejado com mais de dez perfurações de balas num campo de tiro perto de Bagdad, a 11 de maio. Não houve reacção violenta no Iraque, como já aconteceu no mundo islâmico em outros episódios em que a fé muçulmana foi vista como insultada, mas o governo iraquiano pediu que o soldado fosse punido severamente.(X)

“Esgotados” - Red Hot Chili Peppers tira férias de um ano

O vocalista da banda Red Hot Chili Peppers, Anthony Kiedis, anunciou que a banda vai ficar parada durante pelo menos um ano porque a gravação do álbum duplo "Stadium Arcadium" e a digressão subsequente deixaram todo mundo esgotado. Kiedis explicou que desde 1999 eles não ficavam um tempo parados e os dois álbuns antes deste último também exigiram muito trabalho. “Estávamos mentalmente e fisicamente esgotados no final de tudo, aí nos reunimos, conversamos e decidimos dar esse tempo para descansar, respirar, comer e aprender coisas novas. Quando fomos fazer "Stadium Arcadium" não conseguimos descartar nenhuma canção, aí fizemos o álbum duplo, que exigiu um esforço absurdo e longo” - arrematou ele ao site Gigwise.(X)

“Chemtrails” - Beck lança música nova na internet

O cantor Jeff Beck lançou na sua página no MySpace uma faixa do CD que está a preparar com o produtor Danger Mouse (Gnarls Barkley).
O nome da música é “Chemtrails”, está disponível no site do compositor (www.beck.com).
A canção, que mistura com o pop psicodélico dos anos 60, faz parte do álbum que sai nos próximos meses.
O disco ainda não o teve seu nome divulgado.(X)

Maradona rouba a cena em Cannes e alfineta Pelé

(“Se eu nunca tivesse me viciado, Pelé não chegaria nem a ser o segundo jogador do mundo”, diz o argentino)
Maradona bem que prometeu “as suas duas filhas (Dalma e Gianina) que não falaria mais sobre Pelé”. Mas, como ele bem disse nesta terça-feira, 20, em conversa com a imprensa após a exibição de Maradona por Kusturica (documentário dirigido pelo cineasta sérvio Emir Kusturica que fez sua pré-estréia mundial no Festival de Cinema de Cannes), “a vontade é mais forte que ele”.
Se eu nunca tivesse me viciado em cocaína, Pelé não chegaria nem a ser o segundo jogador do mundo”, declarou o argentino.
Não digo por soberba. Digo porque simplesmente o Pele dormia à noite. E eu passava todas as noites acordado numa vida sem me cuidar”, acrescentou o ex-jogador quando perguntado sobre o que ele achava da declaração que Pelé fez há alguns dias, de que “todos os prêmios que já foram dados a Maradona deveria ser tomados de volta”, para uma platéia de jornalistas de todo o mundo.(X)