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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

sábado, 7 de junho de 2008

Barack Obama vira herói no Quénia

Dezoito meses atrás, poucos quenianos tinham alguma vez ouvido falar de Barack Obama. Ele era apenas um senador americano de Illinois pouco conhecido. Os que sabiam da sua existência eram do oeste do Quênia, perto da aldeia de Alego-Kogello, a 60 km da cidade de Kisumu.
Hoje, a sua meteórica escalada à fama política mundial tem levado o nome Barack Obama aos lábios de milhares de quenianos.
Barack Obama tem sangue queniano nas veias e foi adoptado como um herói nacional no país. Ele, que pode tornar-se o homem mais poderoso do mundo. Uma escola perto de Alego e pelo menos um bar em Kisumu levam já o nome dele. Quando ele entrou na corrida para se tornar o candidato do Partido Democrata, hospitais quenianos registaram vários bebês recebendo o nome de Barack. O fenômeno está apenas começando. Barack Obama nunca viveu no Quênia e visitou o país apenas três vezes.
O sangue queniano vem do pai - também chamado Barack Obama - que vivia em Alego e, quando criança, criava cabritos. O pai de Barack Obama seguiu para os Estados Unidos em busca de uma educação mais ampla.
Era um economista brilhante e regressou ao Quênia para trabalhar como um funcionário público. Obama pai morreu num acidente de viação em 1982. Por isso, as ligações do senador Barack Obama com o Quênia não são tão fortes - apesar de dizerem que ele fala sobre o país como o seu “segundo lar”. A avó dele, Sarah Obama, ainda vive na aldeia onde ela recebe uma multidão de jornalistas e moradores que queriam saber mais sobre a estrela do Partido Democrata americano. Sarah Obama deve ter respondido às mesmas perguntas centenas de vezes, e o mesmo vai certamente repetir-se nos próximos seis meses. Quando ela não está a responder às perguntas dos jornalistas, toma conta de algumas vacas e galinhas. Mas Sarah Obama diz que tem acompanhado a carreira do neto e diz estar encantada e não surpresa com o sucesso dele. "Ele é um bom menino e muito inteligente", diz ela, acrescentando que nunca pensou que o neto se tornaria um dia presidente e que a mãe de Obama sempre insistiu que estudasse.
Os quenianos dizem esperar que as ligações de Obama com o Quênia e o seu status como o primeiro afro-americano a ter chance de chegar à Presidência dos Estados Unidos ajudem a melhorar as relações entre os dois países. Alguns, no entanto, mostram-se cépticos, temendo que, apesar das suas credenciais políticas, ele possa ser derrotado, acreditam, os Estados Unidos não estão ainda prontos para eleger um negro. Outros dizem-se orgulhosos que um queniano tenha lançado um programa político que ganhou respeito ao redor do mundo. O sucesso de Barack Obama como político representa um contraste marcante para muitos na vida política queniana. A sua indicação tem proporcionado alívio e distração da vida política queniana. Recorde-se que mais de mil pessoas foram mortas na violência que se seguiu à disputada eleição geral em dezembro.
Há também há um desprezo generalizado pela elite política do país. Alguns estão tão entusiasmados com Barack Obama de tal forma que parecem ignorar o facto de que a verdadeira luta política, contra o candidato republicano John McCain, está apenas para começar. Mas estes quenianos já abençoaram Barack Obama como o próximo presidente dos Estados Unidos da América.(X)

Hillary Clinton, de favorita à Casa Branca a candidata derrotada

A senadora por Nova Iorque Hillary Clinton nasceu numa família da classe média em Chicago, Illinois, em 26 de outubro de 1947. O seu pai, Hugh Rodham, trabalhava numa indústria têxtil da Pensilvânia e a sua mãe, Dorothy, era dona de casa.

Hillary entrou para a faculdade de Wellesley, onde começou a mostrar disposição para a vida política, e foi eleita presidente do grêmio estudantil da instituição. Depois, a senadora foi para Yale, onde estudou direito e se envolveu em projectos sociais da universidade, como o Yale Review of Law and Social Action.
Casou-se com Bill Clinton em 1975, no Arkansas, e em 1980 nasceu a filha do casal, Chelsea. Continuou a trabalhar como advogada numa conhecida empresa de advogados nos Estados Unidos (Rose Law Firm), e defendia casos de crianças gratuitamente.
Em 1978 foi indicada pelo então presidente Jimmy Carter para o Legal Services Corporation, uma organização sem fins lucrativos de assistência jurídica a americanos pobres. Hillary apareceu duas vezes na lista dos 100 advogados mais influentes dos EUA.
Tornou-se primeira-dama em 1992, quando Bill assumiu a presidência pela primeira vez. Ao lado dele, viajou pelo mundo e foi uma ferrenha defensora dos direitos das mulheres, denunciando os abusos e exigindo os direitos para a classe.
Na Casa Branca, também continuou o seu trabalho com crianças, e liderou uma campanha nacional para prevenção da gravidez em adolescentes. Em 1995 lançou o seu livro It Takes A Village, sobre a responsabilidade na educação das crianças, que se tornou um best-seller mundial, assim como a sua auto biografia, Living History.
Em 2000, Hillary foi eleita senadora por Nova Iorque, onde prosseguiu com os seus projectos para as crianças e se envolveu em questões da segurança nacional. Em 2002, votou a favor da invasão do Iraque, e em 2006 foi reeleita para o cargo, com 67% dos votos.
Em 21 de janeiro de 2007, Hillary deu o primeiro passo para entrar na corrida presidencial e anunciou a sua candidatura. Ela era uma das favoritas à indicação democrata, e instalou um comitê para arrecadar fundos e organizar a sua campanha.
"Estou na corrida, e estou para ganhar", dizia um comunicado no seu site. Com uma ampla rede de apoios e conhecida nacionalmente, a senadora parecia não ter muitas dificuldades para vencer a disputa interna dos democratas.
Os problemas da saúde e a Guerra do Iraque foram destacados durante a sua campanha. "Se este presidente não nos tirar do Iraque, quando eu for presidente, eu farei isso", disse Hillary, num discurso em abril de 2004. A senadora enfatizava a falta de experiência dos seus adversários (especialmente de Barack Obama) para justificar que era a melhor candidata.
Em novembro de 2007, tinha uma vantagem de mais de 20 pontos percentuais sobre Obama, que na época já era o seu principal rival no partido. A partir de dezembro, a vantagem começou a cair.
Pouco a pouco, Obama foi ganhando a dianteira, conquistando o apoio de personalidades políticas e Hillary viu a sua candidatura a desfazer-se. A 3 de junho, finalmente a corrida democrata chegou ao fim, após o senador atingir o número de delegados necessários para a indicação da legenda e anunciar-se como candidato presidencial democrata.
Depois de seis meses da acirrada disputa com Obama, Hillary anunciou no começo deste mês que iria endossar a candidatura do senador, e reiterou a sua promessa de "fazer tudo o que puder" para eleger um democrata à Casa Branca.(X)

Khalid Sheikh Mohammed: Reivindica a destruição das Torres Gêmeas de Nova Iorque

Terrorismo. Assumido cérebro dos atentados do 11 de Setembro e de outras dezenas de acções terroristas, Khalid Sheikh Mohammed quer ser mártir, fazendo todo o possível para que o tribunal militar de excepção o condene à pena capital. Toda a vida viveu como um jihadista e a morte seria a recompensa que sempre quis. "Eu fui responsável pela operação do 11 de Setembro de A a Z". A tão aguardada confissão foi feita por Khalid Sheikh Mohammed, em Março de 2007, em Guantánamo, numa audiência à porta fechada que depois foi divulgada aos media pelo Pentágono. Além dos atentados terroristas que mataram quase três mil pessoas há sete anos, reivindicou ainda, segundo a transcrição da audiência, acções como o ataque contra o World Trade Center, em 1993, a operação Bojinka, a morte do jornalista Daniel Pearl ou a operação bomba nos sapatos, realizada em 2003, por Richard Reid.
Estas confissões suscitam, no entanto, dúvidas aos serviços secretos ocidentais, pois muitos consideram impossível um só homem estar na origem de tantas acções e pensam que ele quer apenas tentar proteger outros terroristas e continuar, atrás das grades, a obra da sua vida. Mohammed, de 43 anos, viveu sempre como jihadista e assim quer morrer, caso seja condenado à pena capital pelo tribunal militar de excepção a que foi presente quinta-feira.

Natural do Koweit, de uma família paquistanesa do Baluchistão, Mohammed integrou a Irmandande Muçulmana aos 16 anos e, algum tempo depois, foi estudar para os EUA. Formou-se em engenharia mecânica numa universidade da Carolina do Norte, em 1986, mas decidiu ir dar o seu contributo na jihad anti-soviética que decorria no Afeganistão. Ali conheceu Abdul Rasul Sayyaf, um próximo de Massoud, que seria o seu mentor, refere o relatório da comissão americana que analisou o 11 de Setembro de 2001. Após a derrota afegã dos soviéticos, partiu então para o Qatar, onde trabalhou como engenheiro do Ministério da Electricidade e da Água até ao ano de 1996. A partir deste emirado enviou dólares para Nova Iorque, para apoiar o atentado ao World Trade Center, que fez seis mortos e mais de mil feridos e foi planeado pelo seu sobrinho Ramzi Yussef. Os dois encontraram-se, depois, nas Filipinas, para montar a operação Bojinka. Esta consistia em fazer explodir uma dúzia de aviões comerciais sobre o Pacífico e só foi descoberta por causa de um incêndio que levou à descoberta de um dos seus computadores.

O encontro com Ussama ben Laden, determinante, deu--se em 1996, em Tora Bora. Na altura, segundo testemunhos, Mohammed propôs ao número um da Al-Qaeda um ataque contra o World Trade Center para terminar aquilo que o seu sobrinho havia começado. Três anos mais tarde integrou, totalmente, a rede de Ben Laden, mas manteve sempre alguma autonomia, pois escondia a sua relação com o campo anti-talibã de Sayyaf. Apesar de ter idealizado os ataques, mais uma vez com aviões, o financiamento veio do líder da Al-Qaeda, bem como a escolha do suicida que iria liderar a missão terrorista, ou seja, Mohamed Atta. Após os ataques, que deixaram o mundo em estado de choque, Khalid Sheik Mohammed admitiu, em 2002, o seu envolvimento numa entrevista que deu à televisão Al-Jazeera. A 1 de Março do ano seguinte era preso, em Rawalpindi, pelas forças paquistanesas. As suas imagens de recém-acordado, com cabelo desgrenhado, correram mundo. Algum tempo depois desapareceu do Paquistão e foi levado para uma das prisões secretas da CIA. Voltou a dar sinal de vida já em Guantánamo, para onde foi transferido, no final de 2006.

Foi então que confessou tudo, até que fora ele quem decapitara Daniel Pearl, em 2002: "Eu decapitei com a minha abençoada mão direita a cabeça do judeu americano. Quem tiver dúvidas e queira confirmar basta ver as imagens que estão na Internet". A verdade é que nas imagens não se vê a cara da pessoa que segura a cabeça do jornalista. Além de Mohammed ter tendência para exagerar a realidade, como diz a Comissão do 11 de Setembro, pesa o facto de ele ter sido submetido a técnicas de interrogatório consideradas como tortura, sendo a mais conhecida e controversa simulação de afogamento. Os advogados de defesa pretendiam, por isso, que as provas apresentadas fossem anuladas por serem ilegais. Mas Mohammed indicou, na quinta-feira, que pretende assegurar a sua própria defesa, para conseguir morrer como mártir.(X)

Tráfico de pessoas: EUA critica justiça portuguesa

Lisboa, 05 Jun (AIM) - Portugal é um dos países que não cumprem os requisitos mínimos para a eliminação do tráfico de seres humanos no mundo, segundo o Departamento de Estado norte-americano, que critica o Governo portugues de não fazer o suficiente para eliminar este fenomeno.
A conclusão consta de um relatório anual sobre tráfico de pessoas do Departamento de Estado norte-americano, divulgado na ultima Quarta-feira em Washington, EUA.
O documento, citado pela imprensa lisboeta desta Quinta-feira, salienta que, apesar de todas as melhorias introduzidas na legislação, 'as penas impostas pelos tribunais portugueses continuam a ser inadequadas'.
Em 2006, das 65 pessoas acusadas por este crime, 49 foram condenadas mas só oito cumpriram pena na prisão - 38 receberam pena suspensa e três foram apenas multadas.
São estes os números que mantêm Portugal na categoria dos países que não cumprem os requisitos mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas desde 2006. ~
O relatório analisa 170 países: na lista negra estão 14, das Fidji à Arábia Saudita, passando pela Moldávia e pelo Sudão - países onde nada é feito para combater o tráfico e que arriscam sanções, incluindo o corte da ajuda humanitária, por parte de Washington.
Segundo o documento, mais de 800 mil pessoas são vítimas de tráfico todos os anos: 80 por cento são mulheres e cerca de metade, menores. A maioria é vítima de exploração sexual.
O relatório caracteriza Portugal como um país de destino e de passagem para homens, mulheres e crianças traficadas do Brasil e, em menor escala, da Ucrânia, Moldávia, Rússia, Roménia e África.
As vítimas são muitas vezes sujeitas a exploração sexual ou a trabalhos forçados. O trabalho na construção civil ou na agricultura é o destino das vítimas do sexo masculino com origem no Leste da Europa.
Apesar de tudo, o relatório reconhece que tem sido feito um esforço significativo no combate ao tráfico humano. 'O Governo fez progressos importantes ao introduzir legislação antitráfico no novo Código Penal, demonstrando melhorias na coordenação das agências' e na compilação de dados sobre o fenómeno.
O relatório também regista um esforço no que diz respeito à protecção das vítimas: da legislação ao treino dado à polícia para reconhecer e sinalizar os casos. No entanto, ainda são poucas as vítimas que optam por receber protecção e assistência - apenas dez em 2007.(X)

Abortada fuga de Ananias Mathe

Johanesburgo, 06 Jun (AIM) – Mais uma vez, o moçambicano Ananias Mathe, considerado pela policia como sendo “o criminoso mais perigoso na Africa do Sul”, tentou evadir-se da Prisão Local de Pretória, anunciou esta sexta feira, o Comité Parlamentar para os Serviços Correccionais. Segundo o porta-voz do comité, Dennis Bloem, Mathe foi surpreendido pelos guardas prisionais no exterior da sua cela por volta das 02.00 da madrugada desta sexta feira.
As autoridades sul-africanas estão surpreendidas com este incidente, pelo facto de Mathe se encontrar acorrentado nos braços e nos pés durante 24 horas. Esta não e’ a primeira vez que Mathe tenta se escapulir da prisão.
Aparentemente, Mathe terá sido surpreendido a uma distância de 50 metros da sua cela, depois de passar por vários portões da prisão.
“Mathe e’ um prisioneiro que se encontra a ser vigiado por um guarda prisional durante 24 horas por dia. Ele precisa de ter alguém para o vigiar em cada segundo que passa”, disse Bloem. “Ele também precisa de estar permanentemente acorrentado nos braços e nos pés. Como e’ que terá sido possível ele ter sido encontrado fora da sua cela?”, questionou Bloem.
Por isso, o Comité Parlamentar disse que vai convocar uma reunião urgente com o Ministério dos Serviços Correccionais para exigir o lançamento de uma investigação sobre o caso. “Estamos a encarar este assunto com muita seriedade”, disse Bloem.
Mathe tornou-se notável quando em 2006 conseguiu a proeza de se tornar no primeiro prisioneiro a se evadir da prisão de máxima segurança “C-Max”, localizada na cidade de Pretoria, Mathe enfrenta mais de 60 acusações, entre as quais se destacam assassínio, violação de mulheres, assaltos a mão armada e roubo de viaturas.
Na sequência da sua primeira evasão em 2006, as autoridades suspenderam nove guardas prisionais. Enquanto isso, o porta-voz dos Serviços Correccionais, Manelisi Wolela, disse que a sua instituição irá anunciar brevemente mais pormenores sobre a tentativa de fuga, tendo confirmado apenas que Mathe havia imobilizado um guarda prisional que, imediatamente, conseguiu levantar o alarme.
Ele disse que Mathe havia novamente recolhido aos calabouços.