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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

quinta-feira, 24 de abril de 2008

GRAÇA MACHEL: PRIMEIRA AFRICANA HONORIS CAUSA NA UNIVERSIDADE DE BARCELONA

Graça Machel tornou-se hoje na primeira africana a ser investida doutora honoris causa pela Universidade de Barcelona, em reconhecimento pelo seu contributo para o mundo da ciência, do conhecimento e da cultura.
Graça Machel, presidente do Fundo da Aliança Global de Vacinas e Imunização (GAVI), viúva do antigo presidente moçambicano Samora Machel e mulher do ex-chefe de Estado sul-africano Nelson Mandela, foi agraciada num acto oficial na universidade, em que o reitor da UB, Josep Samitier, recordou os valores que a líder moçambicana representa: "justiça, liberdade e democracia".
Samitier destacou a luta de Graça Machel "para combater as doenças transmissíveis, especialmente a SIDA, bem como a favor da igualdade, da mulher e da educação".
Graça Machel, declarando-se muito feliz pelo reconhecimento, notou que coincidiu com a celebração do dia do livro e referiu que "muito continua por fazer para melhorar o planeta".
"Ainda há milhões de pessoas que sobrevivem com menos de um dólar por dia, mais de 10 milhões de crianças morreram antes dos cinco anos com doenças que se podem prevenir e mais de mil milhões de pessoas são analfabetas, dois terços das quais mulheres", disse.
Referindo-se às melhorias das condições de vida em Moçambique e no continente africano, Graça Machel disse que é essencial redobrar os esforços para "conseguir que todas as crianças recebam as vacinas essenciais".(X)

A ARTE DO FACTO (*)

Em tempos de imprensa fofoqueira e leviana, nada melhor do que ler os maiores jornalistas da história. A editora José Olympio acaba de publicar no Brasil O Grande Livro do Jornalismo, editado por Jon E. Lewis, com o que chama de “55 obras-primas dos melhores escritores e jornalistas”. Com exceção de Charles Dickens (sobre uma decapitação em Roma em 1845), Winston Churchill (sobre sua fuga da guerra na África do Sul em 1899) e alguns outros eleitos como precursores, além do hors-concours George Orwell (trecho de The Road to Wigan Pier), os textos são quase todos de jornalistas americanos. Conheço antologias melhores, como The Art of Fact, mas em português, não.
Há famosos como Jack London testemunhando o terremoto de São Francisco, John Reed cobrindo a Revolução Russa, John Hersey visitando Hiroshima um ano depois da bomba, John dos Passos na Marcha da Fome de 1931, William Shirer sobre a rendição francesa aos nazistas, Seymour Hersh revelando o massacre de My Lai e Hunter Thompson na Convenção Republicana de 1972. Mais importante, há desde crítica literária (Dorothy Parker defendendo os contos de Hemingway) até textos sobre esportes (Jonathan Mitchell sobre o boxeador Joe Louis) e relatos pessoais de viagem (Jon Krakauer e sua escalada), além de artigos e miniensaios (Norman Mailer sobre Bob Kennedy).(X)
(*) Artigo de autoria de Daniel Piza (www.danielpiza.com.br )

CANTOR PABLO MILANÉS - O POVO ESTÁ COM A REVOLUÇÃO CUBANA

Para o cantor e compositor cubano Pablo Milanés, as reformas do novo presidente da ilha, Raúl Castro, trarão benefícios para o país, já que têm por objectivo criar uma sociedade mais justa. Para o músico, as medidas implementam mudanças que atendem aos desejos do povo que, apesar de tudo, continua a acreditar na revolução.
Milanés, que apresentou já em Madrid sua turnê "Mais Além de Tudo", com o pianista Chuchu Valdés, chamou de "eufemismos" os termos "abertura" e "retificação" da ilha e garantiu que tudo se deve à exigência da sociedade pela correção dos erros cometidos no passado.
"Há uma pressão social no nosso país que obriga o Estado a fazer mudanças, mudanças supremas, mudanças profundas que não vêm do Estado precisamente, vêm do desejo do povo, de um povo que eu creio que toda vida confia no que foi a revolução, no que ela é e no que ficou de positivo de todas as coisas conquistadas no passado", disse Pblo Milanés.
"Também precisamos emendar muitíssimos erros que vêm sendo cometidos historicamente e, com certeza, devemos mudá-los", acrescentou Milanés, fundador do movimento da Nova Trova, que surgiu com o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro em 1959.
Milanés é conhecido pelas suas posições políticas, próxima de Fidel Castro e defensor da revolução cubana.
Ele afirmou que se sente mais feliz agora, sabendo que Cuba está a abrir-se para o mundo e a alcançar uma sociedade mais igualitária e justa.(X)