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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cinema: Madagáscar 2, perdidos em África

É uma das mais aguardadas estreias do ano e o primeiro grande 'blockbuster' para o Natal, com resultados de bilheteira a anunciarem recordes: “Madagáscar 2”, num momento em que a DreamWorks já anuncia a preparação do terceiro filme. Alex, Gloria, Melman e Marty perdem-se em África.

"Quem disse que os pinguins não voam?" Aqui está a prova do contrário. Em Madagáscar 2 reencontramos o leão Alex, a zebra Marty, a hipopótamo Glória e a girafa Melman no mesmo local onde os deixámos no final de Madagáscar. Mas não por muito tempo. Os quatro amigos vão partir num avião recauchutado (que já aparecia no primeiro filme, lembram-se?), pilotado pelo trio de pinguins e com os macacos, o Rei Juliano e Maurício a bordo com destino a Nova Iorque. Mas a viagem não corre como previsto e o avião acaba por se despenhar em África - e daí que o título original seja justamente Madagáscar: Back 2 Africa.

Eis então a oportunidade para estes animais que passaram a maior parte da sua vida enclausurados no jardim zoológico de uma grande cidade encontrarem outros animais como eles e descobrirem o seu lado selvagem. Com algumas surpresas.

Como já acontecia no primeiro episódio, Alex assume o protagonismo. Reencontrando-se inesperadamente com o pai e a mãe, terá de provar ao grupo e sobretudo a Zuba, o leão mau-da-fita, que, para além de ser o rei de Nova Iorque, tem ainda capacidade para ser o rei da selva. O que não será fácil dado que em vez de lutar, Alex é especialista em dançar.

Os outros animais também terão os seus desafios. Enquanto os pinguins contratam todos os macacos da selva e seus respectivos polegares para tentarem arranjar o avião, Marty vai descobrir que é apenas uma zebra igual a milhares de outras zebras, Glória entende que está na hora de acasalar e decide marcar um encontro com o escultural hipopótamo Moto-Moto e o hipocondríaco Melman, às portas da morte, como de costume, decide que é hora de assumir o seu amor por... Glória.

E, pronto, para não estragar as surpresas a miúdos e graúdos, podemos só dizer que, mesmo na selva, Alex não se vai ver livre da velhota de mala em riste ("gatinho mau!").

O primeiro filme estreou-se em Maio de 2005 conquistando imediatamente as audiências. É, até agora, o quarto filme de animação da Dreamworks mais visto, depois de Shrek 2, Shrek 3 e O Panda do Kung Fu. Sucesso nas salas e DVD que até deu origem a um jogo para a Playstation. Entretanto, os pinguins causaram furor, ganharam direito a uma curta-metragem The Madagascar Penguins in a Christmas Caper (2005) e ainda vão ser protagonistas numa nova série de animação The Penguins of Madagascar (2009) - quem foi que disse que os pinguins não voam?

Depois dos resultados e dos elogios com o primeiro filme, a sequela corria o risco de não estar à altura das expectativas. Manteve-se a equipa de realização (Eric Darnell e Tom McGrath) e, na versão original, as vozes também são as mesmas. A produção custou perto de 120 milhões de euros. O filme estreou-se nos Estados Unidos no dia 7 com resultados tão bons quanto o primeiro: no primeiro fim-de-semana conseguiu 49 milhões de euros - a 11ª melhor abertura do ano. Até agora, já rendeu 107 milhões de euros nos Estados Unidos e mais de 45 milhões no resto do mundo.

Por enquanto, os animais ficam na selva. Mas Jeffrey Katzenberg, da Dreamworks, já confirmou que a história vai continuar: "Haverá, pelo menos, mais um episódio. Queremos que as personagens regressem a Nova Iorque".

Caetano Veloso realiza sonho de criança e vira professor

Por: Célio Messias/AE

O cantor Caetano Veloso realizou na tarde desta quarta, 26, em Ribeirão Preto, um sonho de criança: foi professor por quase duas horas. Mas a aula foi diferente, interactiva, via satélite. E para cerca de 40 mil alunos, de 280 pólos da rede ligada ao Sistema COC de ensino em todo o Brasil. "Foi muito boa a experiência", disse Caetano, que falou de um tema que entende, viveu e gosta: "Da Bossa Nova ao Tropicalismo". Pelo acordo com a instituição, e a pedido dele, a aula será disponibilizada a toda a rede pública do País. Caetano também falou, depois, dos seus novos DVD e CD, além de seu blog, e procurou minimizar a crítica do amigo Tom Zé, que o ofendeu num show, domingo (23), no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.

Sentado num banquinho, quase imóvel, apenas gesticulando e com a típica fala mansa, Caetano falou sobre os anos 1950 e 1960, do tema da palestra-aula. Ele espera que as informações que transmitiu ajude muitos estudantes. Até se comunicou rapidamente, via satélite, com a irmã Claria Maria, que estava em Salvador a assistir. Com os vários compromissos agendados, nem encontrou o amigo Gilberto Gil, que faria um show à noite no Theatro Pedro II. Caetano disse que teria que viajar para continuar os trabalhos de estúdio dos seus novos projectos. "Não é incrível? Não vi o Gil", comentou Caetano, que ainda não viu o show Banda Larga Cordel do amigo, mas recentemente o viu no Gil Luminoso, no Rio.


O COC investiu, via Lei Rouanet, R$ 300 mil no projecto da aula e também dos sites de Caetano (www.obraeprogresso.com.br), sobre o DVD e o CD em produções, e de Guel Arraes, que dá uma aula de cinema pela internet. Caetano disse que aprova a novidade tecnológica, como Gil, que incentiva o público a gravar os seus shows e exibi-los no ciberespaço. "Cada um vai se adaptando aos poucos, e achei que as companhias de disco não acompanharam ou não foi possível para elas, acabar com aquela estrutura, mas não entendo de produção, de dinheiro", explicou Caetano. E ele recordou que no seu blog incluiu as músicas em produção, gravadas ao vivo, com o mesmo arranjo que terá no CD. "Está tudo disponibilizado", disse.


O novo CD já tem nome: Zii e Zie. Ou, traduzindo do italiano: Tios e Tias. Motivo: "Vi escrito numa tradução para o italiano de um livro do escritor turco Ohran Pamuk (Istambul), que ganhei de presente de uma moça italiana." E acrescenta: "A gente olha e não consegue entender qual a língua, achei bonito..."


Meia-entrada


Caetano não gostou da idéia de limitar em 40% a meia-entrada nos espetáculos culturais. "Há algumas perversões nessa questão que já vem há algum tempo", disse ele, referindo-se a shows em capitais, muito caros, para compensar os ingressos de meia-entrada. "Acho que se tem meia, tem que cobrar, mesmo que todos paguem, sou contra isso." O cantor espera que diminua o número de carteiras falsas de estudantes e não concorda com os produtores que elevam os preços para compensar o risco de ter quase que só vendas de meias-entradas. "Existem mil possibilidades, não sei..." E brincou: Eu só pago meia, porque sou idoso. Vou com meu filho de 11 anos e compro duas meias e não entro na fila."


Filme


A ex-mulher de Caetano Veloso e produtora de cinema, Paula Lavigne, disse que o COC poderá ser um dos patrocinadores do filme O Bem Amado (que terá Marco Nanini como Odorico Paraguaçu), que está em fase de captação e pré-produção. As filmagens começarão em janeiro. Chaim Zaher, dono do COC, tem intenção de patrocinar, mas falta chegar a um acordo sobre valores. "Tem muito a ver com educação", disse Zaher, sobre o filme, que já foi novela e seriado da TV Globo entre os anos 1970 e 1980. Zaher também pretende estender a aula interativa, com outros artistas, personalidades e políticos, mas não divulgou para quando.