"Quem disse que os pinguins não voam?" Aqui está a prova do contrário. Em Madagáscar 2 reencontramos o leão Alex, a zebra Marty, a hipopótamo Glória e a girafa Melman no mesmo local onde os deixámos no final de Madagáscar. Mas não por muito tempo. Os quatro amigos vão partir num avião recauchutado (que já aparecia no primeiro filme, lembram-se?), pilotado pelo trio de pinguins e com os macacos, o Rei Juliano e Maurício a bordo com destino a Nova Iorque. Mas a viagem não corre como previsto e o avião acaba por se despenhar em África - e daí que o título original seja justamente Madagáscar: Back 2 Africa.
Eis então a oportunidade para estes animais que passaram a maior parte da sua vida enclausurados no jardim zoológico de uma grande cidade encontrarem outros animais como eles e descobrirem o seu lado selvagem. Com algumas surpresas.
Como já acontecia no primeiro episódio, Alex assume o protagonismo. Reencontrando-se inesperadamente com o pai e a mãe, terá de provar ao grupo e sobretudo a Zuba, o leão mau-da-fita, que, para além de ser o rei de Nova Iorque, tem ainda capacidade para ser o rei da selva. O que não será fácil dado que em vez de lutar, Alex é especialista em dançar.
Os outros animais também terão os seus desafios. Enquanto os pinguins contratam todos os macacos da selva e seus respectivos polegares para tentarem arranjar o avião, Marty vai descobrir que é apenas uma zebra igual a milhares de outras zebras, Glória entende que está na hora de acasalar e decide marcar um encontro com o escultural hipopótamo Moto-Moto e o hipocondríaco Melman, às portas da morte, como de costume, decide que é hora de assumir o seu amor por... Glória.
E, pronto, para não estragar as surpresas a miúdos e graúdos, podemos só dizer que, mesmo na selva, Alex não se vai ver livre da velhota de mala em riste ("gatinho mau!").
O primeiro filme estreou-se em Maio de 2005 conquistando imediatamente as audiências. É, até agora, o quarto filme de animação da Dreamworks mais visto, depois de Shrek 2, Shrek 3 e O Panda do Kung Fu. Sucesso nas salas e DVD que até deu origem a um jogo para a Playstation. Entretanto, os pinguins causaram furor, ganharam direito a uma curta-metragem The Madagascar Penguins in a Christmas Caper (2005) e ainda vão ser protagonistas numa nova série de animação The Penguins of Madagascar (2009) - quem foi que disse que os pinguins não voam?
Depois dos resultados e dos elogios com o primeiro filme, a sequela corria o risco de não estar à altura das expectativas. Manteve-se a equipa de realização (Eric Darnell e Tom McGrath) e, na versão original, as vozes também são as mesmas. A produção custou perto de 120 milhões de euros. O filme estreou-se nos Estados Unidos no dia 7 com resultados tão bons quanto o primeiro: no primeiro fim-de-semana conseguiu 49 milhões de euros - a 11ª melhor abertura do ano. Até agora, já rendeu 107 milhões de euros nos Estados Unidos e mais de 45 milhões no resto do mundo.
Por enquanto, os animais ficam na selva. Mas Jeffrey Katzenberg, da Dreamworks, já confirmou que a história vai continuar: "Haverá, pelo menos, mais um episódio. Queremos que as personagens regressem a Nova Iorque".