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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ex-ditador etíope Mengistu é condenado à morte

(Tribunal condena ex-líder e 18 dirigentes do seu regime por tortura e execuções durante o "Terror Vermelho")

O Supremo Tribunal da Etiópia sentenciou o ex-ditador Mengistu Haile Mariam à morte. O tribunal de apelação condenou ainda 18 dirigentes do regime por tortura e execução de pessoas inocentes.
O ex-ditador, que vive exilado no Zimbabwe desde a sua saída do governo, em 1991, foi considerado culpado em 2006 por genocídio. Milhares de pessoas foram mortas durante os 17 anos que em Mengistu liderou o chamado "Terror Vermelho" no país.
Mengistu era um dos chefes do golpe de estado militar que depôs, em setembro de 1974, o imperador Haile Selassie.
Em fevereiro de 1977, ocupou pessoalmente a chefia do Estado, após eliminar os seus ex-colegas e rivais no Conselho Administrativo Provisório Militar (Dergue).
Durante a sangrenta perseguição iniciada por Mengistu no Exército e entre os membros da oposição política civil, calcula-se que cerca de 2 mil pessoas tenham sido assassinadas e outras 200 continuam desaparecidas. Entre 1977 e 1978, milhares de pessoas foram torturadas e os corpos de centenas apareceram atiradas nas ruas de Adis-Abeba e de outras cidades etíopes. Mengistu e os seus onze aliados também são acusados do assassinato de Selassie, que foi estrangulado e enterrado sob o piso de uma das casas de banho do palácio real. Sessenta funcionários, ministros e membros da família real etíope foram fuzilados publicamente.
Mengistu manteve-se no poder graças ao apoio econômico e militar da União Soviética, mas em 1991, após a queda do regime marxista do Kremlin e diante do avanço de grupos rebeldes liderados pelo actual primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, fugiu para o Zimbabwe, onde o governo de Robert Mugabe lhe concedeu asilo político.(X)

Mugabe deixa o poder se perder eleição no Zimbabwe, diz jornal

(EMnangagwa diz que Mugabe está confiante de que vencerá a 2ª volta, mas respeitará o resultado se for derrotado)
O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, espera vencer a segunda volta das eleições presidenciais no mês de junho, mas não vai permanecer no poder se perder o pleito, segundo afirmou a edição do jornal estatal The Herald nesta segunda-feira, 26.
"Nós estamos muito, muito confiantes de que venceremos esta eleição", disse Emmerson Mnangagwa, um dos altos conselheiros de Mugabe. Porém, "se o presidente perder, ele será o primeiro a reconhecer o resultado perante o povo", "ele é um herói de muitos princípios", acrescentou Mnangagwa.
O rival de Mubage nas eleições, o candidato opositor Morgan Tsvangirai, reivindica a vitória na primeira volta presidencial, realizada no dia 29 de março, e afirma que o pleito do dia 27 de junho é baseado em resultados fraudulentos e parte de um plano para manter Mugabe no poder.
Mugabe, de 84 anos, está no poder há 28. Ele é visto como um herói nacional ao ajudar o Zimbabee a conseguir sua independência do Reino Unido, em 1980. É também elogiado por levar educação e saúde para a maioria negra. Mas recentemente tem sido acusado de centralizar o poder e realizar eleições fraudulentas, além de cometer abusos e erros na condução da economia.
Órgãos independentes de direitos humanos e o candidato da oposição afirmam que membros do partido do MDC têm sido agredidos e mortos pelo governo e simpatizantes de Mugabe, para garantir que o presidente vença a segunda volta.(X)

Presidente da Nicarágua teme o assassinato de Barack Obama

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, disse no domingo que teme pela segurança do democrata Barack Obama, pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos.
Obama, senador por Illinois, está em vantagem em relação à rival, a ex-primeira dama Hillary Clinton, já que tem mais delegados que votarão nele nas Convenções do partido.
"Ele está a mover-se para conquistar o governo de um império. Já viu o que acontece aos que tentam implementar mudanças? Como assassinaram Kennedy?", disse Ortega a jornalistas, em Montevidéu. "Tudo indica que (Obama) será (candidato à presidência), a não ser que o assassinem. Temo esta possibilidade, infelizmente os Estados Unidos são assim", disse o presidente.
O pré-candidato democrata gerou polêmica recentemente, ao dizer que estaria disposto se reunir-se com líderes de países hostis aos Estados Unidos, como o Irão e Cuba, acrescentando que manteria o embargo, mas faria ofertas para normalizar as relações com estes países.
"Obama tem de cuidar da sua segurança(...) Há grupos racistas, totalmente extremistas, e as armas são compradas como rebuçados (nos Estados Unidos)", disse Ortega. Caso eleito na Convenção Democrata, Obama será o primeiro candidato negro à Casa Branca.(X)

Nobel de Economia defende candidatura de Barack Obama

Vencedor do prêmio em 2002, Edmund Phelps aprova propostas de desenvolvimento e inclusão do senador

O economista e prêmio Nobel de Economia de 2002, Edmund Phelps, afirmou nesta segunda-feira, 26, que apóia a plataforma do pré-candidato Barack Obama na disputa com Hillary Clinton pela candidatura democrata à Presidência dos Estados Unidos.
Em palestra no Rio de Janeiro, o economista fez duras críticas ao sistema de bem estar social defendido por Hillary Clinton.
Segundo ele, os benefícios sociais acabam por eliminar políticas econômicas voltadas para o dinamismo e inclusão social e, com isso, induzem os trabalhadores a ampararem-se no sistema e deixar a força de trabalho do país.
"Entre Hillary Clinton, que faz campanha pelo bem estar social, e Barack Obana que faz campanha em prol do desenvolvimento e inclusão, sei muito bem de que lado me coloco", afirmou.(X)

´Flintstones´ protestam contra emissão de carbono na Europa

"Fred e Wilma Flintstone" foram presos ao aproximar-se do Parlamento Europeu na segunda-feira, protestando contra a pressão da indústria automobilística sobre as propostas de conter as emissões de dióxido de carbono por carros.


Foram detidos seis activistas do Greenpeace vestidos de homens das cavernas, dentro de um carro parecido com o dos Flintstones, além de outros três manifestantes, por ofensas à ordem pública, disse a polícia. Uma placa de pedra acusando os lobistas da indústria automobilística de gerar a mudança climática foi confiscada antes de ser entregue aos parlamentares, disse uma porta-voz do Greenpeace.
O parlamento europeu vai começar nesta semana as discussões sobre as leis que aplicariam multas aos fabricantes de carros que não diminuíssem as emissões. Mas os parlamentares vão considerar emendas que enfraqueçam as propostas originais da Comissão Européia, diminuindo o valor das multas e executando as leis mais lentamente do que o proposto.
Os fabricantes de carros europeus dizem que as propostas arruinam a sua capacidade de competir nos mercados internacionais.
A Alemanha prometeu apoiar seu sector automobilístico, que produz veículos de luxo como o Porsche, a BMW e a Mercedes-Benz .
"Os nossos activistas e o seu veículo de zero emissão de carbono alertam para a influência desta indústria-dinossauro sobre a política climática da União Européia", disse Melanie Francis, da campanha do Greenpeace no sector dos transportes.(X)

Zimbabwe: Mugabe ameaça expulsar embaixador dos EUA

O Presidente zimbabueano, Robert Mugabe, acusou hoje o embaixador dos Estados Unidos em Harare de se imiscuir nos assuntos internos do país e ameaçou expulsá-lo do Zimbabué.
No discurso em Harare que marcou o lançamento da campanha para a segunda volta das presidenciais, marcada para 27 de Junho, Mugabe acusou o diplomata norte-americano, James McGee, de ter ordenado ao dirigente do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Morgan Tsvangirai, que regressasse ao Zimbabwe.
«Quando o embaixador norte-americano disse a Morgan que regressasse, ele voltou a correr», adiantou, Mugabe referindo-se ao regresso ao país do seu rival nas presidenciais, e vencedor da primeira volta de 29 de Março.
McGee foi chamado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Zimbabwe depois de ter efectuado uma visita, no passado dia 13, a vítimas hospitalizadas de violência política pós-eleitoral. Nessa altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros zimbabweano, Simbarashe Mumbengegwi, afirmou que se tratou «de um primeiro aviso ao embaixador norte-americano de que não será tolerada qualquer ingerência».
Hoje, Mugabe afirmou : «Ele diz que combateu no Vietname, mas combater no Vietname não lhe dá o direito de interferir nos nossos assuntos internos».«Estou só à espera para ver se ele dá mais um passo em falso. Ele sairá» do Zimbabwe disse o Presidente. «Se continuar a agir desta forma, expulso-o», ameaçou.
De acordo com as convenções e protocolos estabelecidos os diplomatas podem ser expulsos se interferirem nos assuntos internos do país onde estão colocados.
James McGee, nomeado embaixador no Zimbabwe em 2007, ao mesmo tempo que outros diplomatas ocidentais, provocou a ira de Mugabe quando visitou, com outros diplomatas ocidentais, vítimas da violência nos subúrbios da capital, sem ter previamente informado as autoridades.
O incidente registou-se quando a polícia exigiu que os diplomatas - britânico, norte-americano, japonês, holandês, da Tanzânia e da União Europeia - exibissem uma autorização para visitar hospitais e um alegado campo de tortura. O embaixador norte-americano James McGee insistiu em prosseguir caminho, o que conseguiu após uma hora, mas sob escolta policial.(X)

RDCongo: Detido líder da oposição, Jean-Pierre Bemba

A detenção no sábado do ex-vice-presidente da República Democrática do Congo, Jean-Perre Bemba, hoje confirmada por fontes próximas, deve-se a um mandado de prisão emitido sexta-feira pelo Tribunal Penal Internacional.
Uma rádio ligada à ONU no Congo Democrático é citada como tendo dito que o opositor do presidente Joseph Kabilá é acusado de dois crimes contra a humanidade e de quatro crimes de guerra, jornalista Edmundo Galiza Matos.
Fidel Babala, director do gabinete de Bemba, confirmou a detenção do ex-vice-presidente mas disse não ter ainda mais informações sobre o motivo da detenção, neste momento.
Na véspera da detenção de Jean-Pierre Bemba, sábado, em Bruxelas, Fidel Babala dissera que o dirigente da oposição da República Democrática do Congo, que se encontrava em Portugal desde 2007, deveria fixar, na próxima semana, a data para o regresso ao seu país.
O regresso de Bemba à casa surgia num momento em que a oposição reunida na Assembleia Nacional e no Senado se preparava para o escolher para porta-voz da oposição.
De acordo com o jornal local L`Avenir, Bemba queria estar presente no dia da eleição para porta-voz da oposição, ainda sem data marcada, estando a parada desde logo ganha uma vez que 120 dos 150 membros da oposição garantiram o seu voto a favor de Bemba.
A página digital da Rádio Okapi, ligada à missão da ONU na República Democrática do Congo, MONUC, cita hoje o conselheiro para assuntos de cooperação junto do Tribunal Penal Internacional, segundo o qual Jean-Pierre Bemba foi detido na sequência da emissão de um mandado de prisão emitido sexta-feira pelo TPI.
Uma nota do tribunal de Haia, datada de sábado, e divulgada pela African Press Organization refere que Jean-Pierre Bemba, de cerca de 45 anos, foi detido naquele dia pelas autoridades do Reino da Bélgica, na sequência de um mandado de prisão emitido com o selo judicial do Tribunal Penal de Haia a 23 de Maio de 2008.
O TPI acusa Bemba de crimes contra a humanidade e crimes de guerra alegadamente cometidos pelos homens do MLC, de Bemba, entre 25 de Outubro de 2002 e 15 de Março de 2003, na República Centro-Africana, sefundo a Radio Okapi.
Jean-Pierre Bemba comparecerá primeiro perante as autoridades judiciais competentes na Bélgica, que decirão entregá-lo, ou não, ao TPI.
O Movimento liderado por Bemba afirmou hoje estar consternado com a detenção do seu líder, adianta a rádio Okapi.
François Mwamba, secretário-geral do MLC, afirmou que esta questão será debatida hoje em reunião.
Jean-Pierre Bemba encontrava-se em Portugal desde 11 Abril de 2007, tendo alegado motivos de saúde para conseguir sair, em segurança, da República Democrática do Congo na sequência de confrontos entre os seus homens e o exército congolês.
Entretanto, o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis Michel, mostrou-se hoje, em Bruxelas, surpreendido com a prisão inesperada do dirigente da oposição da República Democrática do Congo e agora espera que o Tribunal Penal Internacional faça o seu trabalho.
O responsável europeu recordou que a seu pedido, há alguns meses, o chefe da oposição congolesa tinha feito uma declaração pública em que manifestava o seu respeito pelas instituições democráticas congolesas.
O responsável europeu recusou fazer "juízos de valor" sobre os actos de que Bemba é acusado, os quais afirma desconhecer e não ter quaisquer provas.(X)

Líder máximo das Farc está morto, confirma o governo

O governo da Colômbia confirmou neste sábado, 24, que o chefe máximo e fundador da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Pedro Antonio Marín - também conhecido como "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo" - está morto.
“´Tirofijo' faleceu às 18h30 do horário local (01h30 de Maputo) de 26 de março passado por causas que ainda não foram confirmadas", dissen o governo de Bogotá. Tirofijo, que teria completado 78 anos em 12 de maio, passou os últimos 40 anos nas matas e campos entre os rebeldes das Farc. Era considerado o guerrilheiro activo “mais velho do mundo”.
A confirmação oficial foi feita após a “Semana”, uma das principais revistas colombianas, que começou a circular neste domingo, 25, publicar a informação dada em entrevista pelo ministro da defesa. Na versão da revista na web, o ministro disse que a informação era proveniente de uma fonte fidedigna.
Segundo o comunicado oficial, a causa da morte ainda estaria a ser investigada. Pode ter sido ataque cardíaco ou bombardeamento, já que as Forças Militares colombianas bombardearam diferentes áreas de La Uribe, no departamento Meta, perto do dia em que Tirofijo faleceu, por que tinham informações de que ele estaria ali. O texto assinala que “entre as Farc, a versão é de que o chefe morreu por causas naturais, especificamente por uma paragem cardíaca”. O documento informa que o grupo rebelde designou como seu sucessor Guillermo León Sánez, conhecido como “Alfonso Calo”.
A Agência de Notícias Nova Colômbia, com sede em Estocolmo, Suécia, que apóia as Farc, divulgou uma nota dúbia que diz: “se morreu, não terá sido estéril a sua passagem pela grande pátria de Bolívar”.
O cabeça das líder das Farc nasceu em Gênova, um povoado do departamento de Quindío, centro-oeste, em 12 de maio de 1930. Segundo alguns de seus biógrafos, ganhou o seu apelido pela sua boa pontaria e, segundo reza a lenda, “onde põe o olho, põe a bala.”
Tirofijo foi o fundador das Farc. Ele ajudou a organizar a guerrilha durante os anos 60, como grupo de esquerda lutando pela justiça social. A última vez que ele foi visto em público foi durante as frustradas negociações de paz com o governo do presidente Andrés Pastrana (1998-2002). Ele já foi dado como morto nos últimos anos pelo menos três vezes, a última delas em 2004.
Enfraquecimento
Após 40 anos de combate, o grupo rebelde têm sido enfraquecido pela campanha do presidente Álvaro Uribe, como apoio dos Estados Unidos.
Após anos de violência e impasse nas negociações com o governo, as Farc libertaram neste ano seis reféns políticos, com a mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em Caracas e Bogotá, circulavam rumores de que Tirofijo teria recebido abrigo de Chávez e - com a saúde abalada - estaria sob a protecção de militares venezuelanos em algum lugar perto da fronteira com a Colômbia.
A versão de que o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, vinha procurando implacavelmente eliminar os líderes da guerrilha ganhou força a 1 de março, quando aviões ê soldados da Colômbia mataram, em território do Equador, o "número 2" das Farc, Raúl Reyes. A ofensiva abriu uma grave crise política entre Colômbia e Equador.
Uma semana depois, Iván Rios, outro membro da cúpula das Farc, foi assassinado pelo chefe de sua segurança, Pedro Pablo Montoya. O guerrilheiro entregou às autoridades uma das mãos do comandante e recebeu uma recompensa de 2,7 milhões de dolares pelo assassinato.(X)

Espaço: Sonda Phoenix aterra suavemente no pólo Norte de Marte

A sonda espacial Phoenix aterrou suavemente às 00:53 de Lisboa numa zona do pólo Norte de Marte, depois de ter percorrido 679 milhões de quilómetros, anunciou a NASA..
O pessoal de controlo do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, em Pasadena, Califórnia, suspirou de alívio quando a nave assentou com segurança os seus três pés de apoio, após dez meses de viagem iniciada no Cabo Canaveral, na Florida.
A Phoenix prepara-se para recolher amostras de gelo e determinar a existência de material orgânico com o seu braço robótico de 2,5 metros
"Tocou a suavemente a super fícia, de acordo com o previsto" declarou o engenheiro adjunto de sistemas Richard Kornfeld, um dos responsáveis da NASA em Pasadena.
O período de tempo em que a Phoenix penetrou na ténue atmosfera marciana até que poisou no solo foi chamado de "sete minutos de terror", tendo em conta de que dois terços - dez em 15 - das missões a Marte não tiveram êxito.
Ainda está vivo na memória dos técnicos da NASA o fracasso, em 1999, da cápsula Mars Polar Lander, perdida algures no solo marciano.
Em 1976, dois aparelhos Viking, da NASA, aterraram na poeira marciana.
Em 2004, os veículos exploradores Spirit e Opportunity exploraram regiões próximas do Equador marciano.
Esta missão Phoenix devia ter-se realizado em 2001, mas foi adiada devido ao insucesso da Mars Polar Lander.
Antes de tocar a superfície, a Phoenix abriu o seu escudo térmico e utilizou o radar para avaliar a altitude e calcular a velocidade de descida vertical. Para isso, teve de reduzir a velocidade de 1uase 20.000 quilómetros por hora para 8 km/h.
A missão Phoenix está avaliada em 420 milhões de dólares (266 milhões de euros).(X)

Palma de Ouro regressa a França 21 anos depois


(Cena do Filme "Vers Le Sud", de Laurent Cantet-2005)

O último filme francês que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes foi “Sob o Sol de Satã”, de Maurice Pialat, em 1987. Não foi uma vitória consensual, muito longe disso. Foi uma bronca memorável. Pesadamente vaiado na cerimónia de entrega, Pialat fez um célebre manguito ao público e aos jornalistas, e disse: "Vocês não gostam de mim, mas eu também não gosto de vocês!"

Domingo, 21 anos depois, um filme francês voltou a vencer a Palma de Ouro, mas desta vez entre palmas e ovações. “Entre Les Murs”, de Laurent Cantet, crónica de um ano lectivo numa turma de um liceu "difícil" de Paris, adaptado do livro do professor, jornalista e escritor François Bégaudeau - que também interpreta o papel principal -, foi o útimo filme a ser exibido na Seleçcão Oficial, mas o primeiro no maior festival de cinema do mundo.
Este foi um dos dois únicos prémios atribuídos "por unanimidade" pelo júri este ano, como fez questão de salientar Sean Penn, o seu presidente. O realizador francês recebeu a Palma de Ouro rodeado pelos adolescentes que formam a turma do filme, e que frequentam um liceu da capital.
Numa competição com uma esmagadora maioria de filmes coladinhos à realidade do mundo contemporâneo, desde a situação no Médio Oriente às mudanças galopantes na China, passando pelo poder do crime organizado, ganhou uma obra que baralha as fronteiras entre documentário e ficção, e que encara sem hesitar os aspectos mais crús, desanimadores ou politicamente incorrectos dos conflitos (de autoridade, pedagógicos, raciais, culturais) travados nas salas de aulas de incontáveis escolas, e não apenas das francesas.
Outro dos grandes filmes da competição, Gomorra, o fabuloso mosaico de Matteo Garrone sobre a omnipresença da Camorra no Sul de Itália, saiu de Cannes com o Grande Prémio.
Mas em vez de fazer o ramalhete e distinguir ainda o terceiro melhor filme dos 22 deste ano, The Exchange, de Clint Eastwood, sobre um escândalo policial na Califórnia dos anos 20, o júri "inventou" um Prémio Especial, para "duas personalidades do cinema mundial", e não para os filmes que assinaram ou interpretaram: Eastwood e Catherine Deneuve, uma das actrizes de Un Conte de Noel, de Arnaud Desplechin. Soube a prémio de compensação muito mal travestido de prémio de carreira. Deneuve recebeu pelos dois, com ar pouco satisfeito.
Antes de começar a anunciar os prémios desta edição do festival, Sean Penn frisou a grande qualidade da Selecção Oficial de 2008, e disse que o júri tinha gostado muito de filmes que, infelizmente, não iam "ganhar nada".
A verdade é que quase todos os outros prémios do palmarés foram tiros ao lado, tirando o da Realização para o turco Nuri Bilge Ceylan, com Three Monkeys, e que, também não tinha ficado mal nas mãos de outros três ou quatro realizadores.
Ao lado, o Prémio de Argumento para os irmãos Dardenne com O Silêncio de Lorna, o seu pior filme até à data; ao lado, o Prémio do Júri para Il Divo, de Paolo Sorrentino, retrato grotesco do político italiano Guilio Andreotti; ao lado, o Prémio de Melhor Actriz dado à estreante brasileira Sandra Corveloni, em Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas, que devia ter ido ou para a argentina Martina Gusman, em Leonera, de Pablo Trapero, ou para Angelina Jolie (sim, leram bem) em The Exchange. E enviesado, o Prémio de Melhor Actor para Benicio Del Toro em Che, de Steven Soderbergh, num ano pobre em papéis masculinos.(X)

Última digressão : Phil Collins anuncia aposentadoria, dos palcos e dos estúdios

Como artista solo e como membro do grupo Genesis, ele vendeu milhões de discos em todo o mundo, mas o britânico Phil Collins diz ter embarcado no jatinho particular da banda pela última vez.
Depois de uma digressão pela Europa em 2007 na qual tocou sucessos do grupo, incluindo "Turn It On Again", "Land of Confusion" e "Invisible Touch", diante de platéias pela primeira vez em 15 anos, Collins parece ter se cansado da vida nas estradas.
"Não vou mais realizar digressões", afirmou ele à Reuters na última semana.
Independente do quão luxuosas sejam as viagens ou as acomodações, o músico diz que isso não compensa o sacrifício de ficar longe da família durante longos períodos de tempo.
"Não podemos reclamar, na verdade. Tivemos hotéis de primeira classe e tínhamos o nosso próprio jatinho. Mas costumávamos viajar durante três meses. Então, a gente saía de viagem e, na terceira ou quarta semana, dava-se conta de que ainda faltavam dois meses para aquilo acabar."
Cantor, compositor e baterista, Collins, que também actuou ao lado de Julie Walters no filme de gângster "Buster", está a afasta-se não apenas das digressões, mas também da realização de novas músicas, apesar de sentir-se pesaroso por deixar de lado os estúdios de gravação com caráter definitivo.
Mas a palavra “aposentadoria” não significa não fazer nada, viver o tempo todo de chinelo." (X)