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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Os Escolhidos da “Time”

(Estes não são influentes?)
A REVISTA "TIME" voltou a publicar a lista das 100 pessoas mais influentes do mundo. Como todas as listas do género, diz mais sobre quem escolhe do que sobre os escolhidos. A maioria deles não tem nenhuma espécie de influência no mundo, embora o narcisismo americano tenha tendência a confundir a América com o centro do mundo.

Excluindo os nomes óbvios como o do Dalai Lama ou o de George W. Bush, de Oprah Winfrey ou Barack Obama, de Vladimir Putin ou Steve Jobs, de Hillary Clinton ou do casal Jolie/Pitt, a maioria dos escolhidos pertence a uma espécie de clube, o dos anteriores nomeados e suas escolhas pessoais. Fora dos Estados Unidos, e mesmo dentro dos Estados Unidos, estas pessoas têm a influência sectorial restrita a um grupo de pessoas, e apesar do trabalho meritório de muitos, esse trabalho não reflecte o poder de esculpir as ideias e as vidas da aldeia global.
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A ausência de gente verdadeiramente influente é proporcional à aceitação, por essa gente, da supremacia americana. Não constam da lista Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, nem Ahmadinejad, Presidente do Irão. Com o barril de petróleo a mais de 120 dólares, o Irão e a Venezuela podem investir o seu dinheiro na hegemonia regional e no armamento de quem quiserem. Chávez, agitando a espada de Simão Bolívar e o busto de Fidel, aspira a liderar toda a América do Sul, com excepção do mundo brasileiro que lhe escapa justamente por causa dos 180 milhões que falam português (e que tanto incomodam os fundamentalistas portugueses da língua), e a estabelecer uma influência continental. O Irão e a Venezuela são dois impulsos combinados para manter o preço do petróleo onde está, com a ajuda dos especuladores e dos outros produtores de petróleo, da Nigéria à Arábia Saudita, e não pararão aqui.
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Dois outros ausentes da lista da "Time" são Osama Bin Laden e Hassan Nasrallah. Bin Laden e o seu estratego Al-Zawahiri continuam a ser duas forças dominantes do mundo árabe extremista, e dois heróis contemporâneos para grande parte do Islão. O 11 de Setembro obrigou o Ocidente a olhar para o mundo árabe e a aprender as novas regras do jogo, e deu a esse mundo uma visibilidade e um poder que não possuía desde a expansão do império islâmico a partir do século VII. Nasrallah, um extremista que transformou um grupo marginal e destituído como o Hezbollah num exército capaz de humilhar Israel (impensável há uns anos) e numa força política capaz de paralisar o Líbano, é uma das personagens mais influentes na região, muito mais do que o escolhido Muqtada Al-Sadr, um bandido local cuja força é o resultado da fraqueza e do falhanço da estratégia americana no Iraque.(X)


1 comentário:

  1. e o paul kagame que é uma figura incontornavel na gestao politico militar nos grandes lagos.

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