No último programa foi mote para percorrermos, emocionalmente, o caminho seguido pela canção ligeira de Moçambique até à eclosão das primeiras discográficas no país. E não se pense que tenhamos querido dizer com isso que não existissem registos musicais de artistas moçambicanos aqui radicados. São significativas as captações feitas pelo então «Rádio Clube de Moçambique» e, embora não economicamente viáveis, esses registos têm, porém, um valor histórico e cultural incomensurável que o país só tinha muito a ganhar se os editasse em novos e modernos suportes.
Na edição de quinta-feira, 28, vamos prová-lo revisitando-os nos cinquenta e cinco minutos do programa, colocando igualmente a seguinte questão: que caminhos terão percorrido os músicos moçambicanos aqui radicados até saírem do anonimato e serem considerados atractivos aos olhos do mercado do disco? Ou talvez perguntar assim: a partir de que realidade socio-cultural os empresários da especialidade começaram a sentir que havia algo a explorar na canção nacional?
Iremos rodar por exemplo, uma canção captada em 1963 num programa através do qual o «Rádio Clube» pretendeu divulgar aquilo a que, obedecendo aos ditames da colonização mental e psicológica, teimava em chamar de folclore indígena, um eufemismo de linguagem que serviu para classificar a nossa canção como uma realidade puramente contemplativa e sem perfil para atrair o mercado do disco.
Convenhamos que não é fácil aceitar que alguém ache destituída de sentido uma canção que, e tal como acontece em qualquer parte do mundo, os seus intérpretes saúdam a chuva que irrigou a terra em abundância e rejubilam por uma colheita igualmente abundante que se prenuncia, no caso do amendoim – a mazumana. Mas já a linguagem se atenua quando Sidónio Mabombo, solista do grupo coral do «Centro Associativo», se predispõe a interpretar canções tipicamente portuguesas. Mesmo assim, não se coíbe de dizer que o faz num “esforço de linguagem”.
Sintonize o “Clube dos Entas”, quinta-feira, 28, a partir das 22H05, com reposição segunda-feira seguinte as 02H05 da madrugada na frequência 92.3 FM ou no www.rm.co.mz, Antena Nacional da Rádio Moçambique.
Na edição de quinta-feira, 28, vamos prová-lo revisitando-os nos cinquenta e cinco minutos do programa, colocando igualmente a seguinte questão: que caminhos terão percorrido os músicos moçambicanos aqui radicados até saírem do anonimato e serem considerados atractivos aos olhos do mercado do disco? Ou talvez perguntar assim: a partir de que realidade socio-cultural os empresários da especialidade começaram a sentir que havia algo a explorar na canção nacional?
Iremos rodar por exemplo, uma canção captada em 1963 num programa através do qual o «Rádio Clube» pretendeu divulgar aquilo a que, obedecendo aos ditames da colonização mental e psicológica, teimava em chamar de folclore indígena, um eufemismo de linguagem que serviu para classificar a nossa canção como uma realidade puramente contemplativa e sem perfil para atrair o mercado do disco.
Convenhamos que não é fácil aceitar que alguém ache destituída de sentido uma canção que, e tal como acontece em qualquer parte do mundo, os seus intérpretes saúdam a chuva que irrigou a terra em abundância e rejubilam por uma colheita igualmente abundante que se prenuncia, no caso do amendoim – a mazumana. Mas já a linguagem se atenua quando Sidónio Mabombo, solista do grupo coral do «Centro Associativo», se predispõe a interpretar canções tipicamente portuguesas. Mesmo assim, não se coíbe de dizer que o faz num “esforço de linguagem”.
Sintonize o “Clube dos Entas”, quinta-feira, 28, a partir das 22H05, com reposição segunda-feira seguinte as 02H05 da madrugada na frequência 92.3 FM ou no www.rm.co.mz, Antena Nacional da Rádio Moçambique.
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