Pelo mundo fora


contador gratis

Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

quarta-feira, 23 de abril de 2008

25 DE ABRIL DE 1974 – O GOLPE QUE DEU CERTO

Em 1974, uma rebelião militar pôs fim a mais de quatro décadas de ditadura em Portugal. As tropas do Movimento das Forças Armadas que entraram em Lisboa na manhã do dia 25 de abril, uma quinta-feira chuvosa, para destituir o primeiro-ministro Marcello Caetano, não encontraram resistência. Ao passarem pelas floristas do Rossio, no centro da capital, os soldados ganharam delas dúzias de cravos vermelhos, surgindo assim a expressão Revolução dos Cravos, pela qual o levantamento se tornaria conhecido.
A política colonialista de Portugal foi decisiva para o derrube de Caetano, empossado em 1968, depois que o ditador António de Oliveira Salazar sofreu uma queda que o deixou em coma até à sua morte, em 1970. Diante dos movimentos de libertação que haviam eclodido nas colônias portuguesas da África, Caetano insistia no expediente da guerra, o que acarretava despesas colossais – 50% do gasto nacional.
No contexto da Guerra Fria, o imbróglio colonial era uma questão sensível para os Estados Unidos e para a Otan, frente militar da qual Portugal foi membro fundador. Por muito tempo, os americanos viram o imperialismo português com reticência – o governo Kennedy chegou a auxiliar os movimentos de independência africanos. Por ironia, a Otan só deu apoio pleno à posição portuguesa na África nos anos 70, quando ela já era insustentável. Nessa altura, o colonialismo português se tornara mais palatável para os americanos, porque fazia frente aos movimentos de libertação que, com o apoio da ex-União Soviética, China e outros países, combatiam com armas a metrópole em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Um ano depois do 25 de abril de 1974, Moçambique e Angola proclamariam as suas independências enquanto a Guiné-Bissau já tinha antes dado esse passo em plena guerrilha.(X)

Sem comentários:

Enviar um comentário