Pelo mundo fora


contador gratis

Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

segunda-feira, 21 de abril de 2008

PARA FRANCESES, SARKOZY PROVOCA "CHOQUE CULTURAL"

Depois de quase um ano de mandato, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, raramente mencionou a arte ou a cultura. Uma das poucas vezes em que tocou no assunto, foi quando declarou no último mês de fevereiro que a cozinha francesa deveria ser considerada como patrimônio da humanidade pela Unesco.
O general De Gaulle tinha André Malraux ao seu lado. François Mitterrand reformou o Louvre. Pouco antes de deixar o cargo, Jacques Chirac abriu um grande museu para culturas não-Ocidentais.
Todo presidente francês desde o fim da 2.ª Guerra construiu algum museu faraônico, uma casa de ópera, biblioteca ou iniciou algum programa cultural. Isto é, até agora.
Dizem que o gosto do actual presidente está mais para Lionel Ritchie e Céline Dion (Mitterrand lia Dostoievski, já De Gaulle preferia Chateubriand). A afeição do actual presidente pelo showbizz e o seu casamento com uma modelo-cantora italiana se combinaram para produzir algo como um choque cultural.
"Uma ruptura", como define o cientista político Pascal Perrineau ou "uma mudança incrível", como diz Jean Lacouture, biógrafo de De Gaulle.
Nos últimos dias, as bancas de jornal francesas mostravam uma edição especial da publicação satírica Le Canard Enchaîné que trazia uma outra foto de Sarkozy nos seus usuais Ray-ban em um iate. Tanta pose rende insultos como "Sarkô, o americano".
Sarkozy é o primeiro líder moderno francês que não se formou nas escolas da elite e tem alguns hábitos que irritam os franceses, como durante a sua visita ao papa no Vaticano ficar enviando mensagens de texto para o celular de alguém enquanto estava com o líder católico.(X)

Sem comentários:

Enviar um comentário