O retrato icónico que Steve McCurry captou da afegã Sharbat Gula, em 1984, parece confirmar a descrição que muitos fizeram das cores presentes nas fotografias registadas em rolos Kodachrome - tonalidades “vibrantes, ricas e intensas”. A imagem que correu mundo e que foi capa da National Geographic passará a fazer parte de um memorial muito particular ligado ao suporte com que foi conseguida já que a Eastman Kodak Company anunciou ontem que deixará de produzir este tipo de película, 74 anos após ter sido colocada à venda.
Aquele que era o mais antigo rolo a cores do mercado – celebrado também na música por Paul Simon numa canção de 1973 cujo refrão pedia: “Mamã não me tires o Kodachrome” - tinha um processo de fabrico complexo e uma revelação igualmente complicada. Nos últimos anos, o aparecimento de rolos com resultados a nível da cor semelhantes e menos dispendiosos, bem como a massificação do suporte digital (o próprio Steve McCurry fotografa preferencialmente em digital) fizeram com que as vendas significassem uma pequena parcela do um por cento de receita que a Kodak tem com as películas.
As exigências técnicas da revelação dos Kodachrome transformaram-se também num obstáculo ao ponto de hoje existir apenas um laboratório no mundo (Dwayne`s Photo, Kansas, EUA) capaz de dar vida a este tipo de imagens. A empresa estima que os stocks de diapositivos Kodachrome deverão terminar no início do Outono. Por seu lado, o Dwayne`s Photo anunciou que só revelará os filmes até afinal de 2010. Steve McCurry terá o privilégio de usar os últimos rolos e as fotografias que deles saírem serão entregues ao museu Eastman House, em Rochester (EUA).
Perante um cenário em que os rolos eram utilizados por um grupo muito restrito de fotógrafos, a empresa americana não precisou de pedir à mãe de ninguém para acabar com o Kodachrome. Ela própria tirou-o do mercado.
Aquele que era o mais antigo rolo a cores do mercado – celebrado também na música por Paul Simon numa canção de 1973 cujo refrão pedia: “Mamã não me tires o Kodachrome” - tinha um processo de fabrico complexo e uma revelação igualmente complicada. Nos últimos anos, o aparecimento de rolos com resultados a nível da cor semelhantes e menos dispendiosos, bem como a massificação do suporte digital (o próprio Steve McCurry fotografa preferencialmente em digital) fizeram com que as vendas significassem uma pequena parcela do um por cento de receita que a Kodak tem com as películas.
As exigências técnicas da revelação dos Kodachrome transformaram-se também num obstáculo ao ponto de hoje existir apenas um laboratório no mundo (Dwayne`s Photo, Kansas, EUA) capaz de dar vida a este tipo de imagens. A empresa estima que os stocks de diapositivos Kodachrome deverão terminar no início do Outono. Por seu lado, o Dwayne`s Photo anunciou que só revelará os filmes até afinal de 2010. Steve McCurry terá o privilégio de usar os últimos rolos e as fotografias que deles saírem serão entregues ao museu Eastman House, em Rochester (EUA).
Perante um cenário em que os rolos eram utilizados por um grupo muito restrito de fotógrafos, a empresa americana não precisou de pedir à mãe de ninguém para acabar com o Kodachrome. Ela própria tirou-o do mercado.
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