Pelo mundo fora


contador gratis

Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

segunda-feira, 28 de abril de 2008

FILME "HÓSPEDES DA NOITE" - PRIMEIRO LUGAR NA BÉLGICA

O filme moçambicano “Hóspedes da Noite” realizado por Licínio Azevedo e produzido pela Ebano, recebeu o Primeiro Prémio no Quarta Festival de Filmes Africano realizado em Bruxelas, Bélgica, durante uma semana e que encerrou no passado dia 22.
O júri, composto por sete estudantes de cinema belgas e burkinabes (Burkina Fasso) sob a presidência pelo prestigiado documentarista senegalês Samba Félix N´diaye, outourgou por unanimidade o prémio ao filme moçambicano.
Em competição estavam 16 outras obras africanas seleccionadas entre 140 filmes, e que foram vistos por quatro mil e quinhentos espectadores.
Ao justificar a sua escolha, o júri salientou que a obra do cineasta moçambicano “revela um olhar audacioso, sem nenhuma condescendência, sobre um micro-cosmo universal”.

Chuva de prémios
Hóspedes da Noite”, realizado inteiramente nas ruinas do Grande Hotel, na cidade da Beira, havia recebido recentemente o Troféu de Ouro para o melhor documentário no Festival Internacional de Produções Audio-visuais, em Biarritz, França, competindo com produções do Líbano, Reino Unido, Bélgica, Itália, Alemanhã, França, Grécia, Austrália, China, Japão e Israel.

2007 em grande
A Ebano e os realizadores a ela associados começaram o ano em grande. Para além dos prémios de “Hóspedes da Noite”, o filme da moçambicana Isabel Noronha, “Ngwenya, o Crocodilo” sobre o pintor Malangatana, recebeu há duas semanas o prémio para o Melhor Documentário Longa-Metragem no importante Festival de Filmes da Ásia, África e América Latina, na Itália.

Primeiro lugar em África?
Segundo declarações de Licínio Azevedo, com o prémio agora arrecadado no festival belga e com aqueles importantes trés prémios, “se para o cinema houvesse uma classificação nos moldes da FIFA para o futebol, então Moçambique estaria em primeiro lugar em África”.(X)

A obra de Licínio vista pelo bloguista brasileiro Carlos Alberto Mattos
“Licínio vive de cinema num país que teima em fazer cinema. Desenvolveu uma linguagem em que conta pouco a diferença entre ficção e documentário. Talvez o ápice desse processo seja o espantoso Desobediência, de 2002... Mas a filmografia do realizador exibe títulos já célebres como A Guerra da Água, Árvore dos Antepassados e Tchuma Tchato, onde realidade e representação se integram de maneira natural e muito típica do modo de pensar africano. Ele nunca utiliza narração off nem entrevistas, preferindo mostrar seus personagens “a viver situações”.

Sem comentários:

Enviar um comentário