Na “Incubadora” de mais um conflito de terras em Moçambique dizem-nos as mais frescas notícias que os filhotes verão a luz do dia algures em campos férteis de Dombué, no riquissímo distrito de Angónia, em Tete.
Dão pelo nome de Malawis tornados solidários amigos de moçambicanos que nos terríveis anos da guerra em Moçambique se refugiaram nas estéreis terras de Banda e da Mama Kazamira.
Ora os Malawis, já com os vizinhos antes desavindos e hoje em paz, cobram e, pelos vistos, são bem remunerados: recebem terras e mulheres férteis, cultivam e colhem até dizer basta, produzem filhos e até já tem netos e ... o tio, o irmão, o sobrinho, o vizinho que ficou na outra margem do Chire, todos eles, são convidados a virem instalar-se em Moçambique.
De pequenas porções de terras passaram a comprar – isso mesmo, comprar – cinco, seis, dez e mais hectares, construiram uma, duas, trés, dez .... tantas casas que, de dia para noite, fundaram a sua aldeia: a aldeia dos Malawis na aldeia dos moçambicanos.
Elegeram os seus líderes (normalmente os Pioneiros) porque os nossos Anhakwua (*) não são da sua linhagem geneológica.
Um tal Milton Aziz e tantos outros residentes em Dombué acordaram num belo dia e, derepente, se vêem acuados. Já não há como escapar. De todos os lados os rostos são Malawis.
E os nossos Anhakwua que generosamente parceleram as terras e as distribuiram pelos antigos hospedeiros, hoje vêm-se impotentes: é que os pioneiros Malawis, já com filhos e netos gerados em terras moçambicanas, legam as suas porções de terras aos herdeiros e amigos que aos magotes chegam do outro lado de lá da fronteira e ... que fazer?
“Não há problema”, setenceia Cirilo Pilar, representante do estado no Posto Administrativo de Dombué, “até porque de terras férteis Angónia está cheio e dá para todos”. Até para os Malawis.
Até um dia.(X)
Dão pelo nome de Malawis tornados solidários amigos de moçambicanos que nos terríveis anos da guerra em Moçambique se refugiaram nas estéreis terras de Banda e da Mama Kazamira.
Ora os Malawis, já com os vizinhos antes desavindos e hoje em paz, cobram e, pelos vistos, são bem remunerados: recebem terras e mulheres férteis, cultivam e colhem até dizer basta, produzem filhos e até já tem netos e ... o tio, o irmão, o sobrinho, o vizinho que ficou na outra margem do Chire, todos eles, são convidados a virem instalar-se em Moçambique.
De pequenas porções de terras passaram a comprar – isso mesmo, comprar – cinco, seis, dez e mais hectares, construiram uma, duas, trés, dez .... tantas casas que, de dia para noite, fundaram a sua aldeia: a aldeia dos Malawis na aldeia dos moçambicanos.
Elegeram os seus líderes (normalmente os Pioneiros) porque os nossos Anhakwua (*) não são da sua linhagem geneológica.
Um tal Milton Aziz e tantos outros residentes em Dombué acordaram num belo dia e, derepente, se vêem acuados. Já não há como escapar. De todos os lados os rostos são Malawis.
E os nossos Anhakwua que generosamente parceleram as terras e as distribuiram pelos antigos hospedeiros, hoje vêm-se impotentes: é que os pioneiros Malawis, já com filhos e netos gerados em terras moçambicanas, legam as suas porções de terras aos herdeiros e amigos que aos magotes chegam do outro lado de lá da fronteira e ... que fazer?
“Não há problema”, setenceia Cirilo Pilar, representante do estado no Posto Administrativo de Dombué, “até porque de terras férteis Angónia está cheio e dá para todos”. Até para os Malawis.
Até um dia.(X)
(*) Régulos
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