Mordendo e cuspindo nos guardas, o afegão Mohammed Kamin foi levado na quarta-feira (21) ao tribunal de crimes de guerra de Guantánamo, onde será julgado por supostamente ter colocado explosivos e lançado mísseis contra uma área do Afeganistão ocupada pelos Estados Unidos, em 2003.
Como Kamin se recusasse a deixar a sua cela, o juiz Thomas Cumbie, coronel da Força Aérea, determinou que ele fosse levado à força. Por ter tentado morder e cuspir num dos guardas, foi acorrentado à mesa da defesa.
O réu, acusado de ligação com a Al Qaeda, tinha um inchaço em torno de um dos olhos. O seu advogado afirmou que havia também arranhões no rosto e na nuca, cuja origem ele não soube esclarecer.
Por meio de um intérprete, Kamin disse que as acusações são mentiras e falsificações. Ele negou alguma relação com a Al Qaeda, disse que não gostaria de ser representado juridicamente por um militar norte-americano, afirmou que o tribunal não tem legitimidade e que ele não pretende comparecer às próximas audiências.
"Meu juiz é o Deus que criou o céu e a terra. Ele será o meu advogado e vai me representar. Esperarei a decisão dele. Isso basta", afirmou Kamin.
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O promotor-chefe do processo, coronel Lawrence Morris, minimizou o facto de Kamin ter como advogado um tenente da Marinha norte-americana, pois segundo ele o importante é que cabe à promotoria provar a culpa.
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Este é o primeiro tribunal de crimes de guerra dos EUA desde o final da Segunda Guerra Mundial. As audiências prévias arrastam-se desde 2004, frequentemente suspensas por recursos judiciais. Há em Guantánamo cerca de 270 presos, dos quais apenas 13 já receberam acusação formal. Os EUA pretendem julgar até 80.
Desde a inauguração da polêmica prisão para suspeitos de terrorismo, em 2002, só um processo foi concluído - e mesmo assim num acordo judicial em que o australiano David Hicks admitiu ter treinado com a Al Qaeda no Afeganistão e pôde concluir no seu país a pena de nove meses, o que ocorreu em dezembro.(X)
Como Kamin se recusasse a deixar a sua cela, o juiz Thomas Cumbie, coronel da Força Aérea, determinou que ele fosse levado à força. Por ter tentado morder e cuspir num dos guardas, foi acorrentado à mesa da defesa.
O réu, acusado de ligação com a Al Qaeda, tinha um inchaço em torno de um dos olhos. O seu advogado afirmou que havia também arranhões no rosto e na nuca, cuja origem ele não soube esclarecer.
Por meio de um intérprete, Kamin disse que as acusações são mentiras e falsificações. Ele negou alguma relação com a Al Qaeda, disse que não gostaria de ser representado juridicamente por um militar norte-americano, afirmou que o tribunal não tem legitimidade e que ele não pretende comparecer às próximas audiências.
"Meu juiz é o Deus que criou o céu e a terra. Ele será o meu advogado e vai me representar. Esperarei a decisão dele. Isso basta", afirmou Kamin.
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O promotor-chefe do processo, coronel Lawrence Morris, minimizou o facto de Kamin ter como advogado um tenente da Marinha norte-americana, pois segundo ele o importante é que cabe à promotoria provar a culpa.
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Este é o primeiro tribunal de crimes de guerra dos EUA desde o final da Segunda Guerra Mundial. As audiências prévias arrastam-se desde 2004, frequentemente suspensas por recursos judiciais. Há em Guantánamo cerca de 270 presos, dos quais apenas 13 já receberam acusação formal. Os EUA pretendem julgar até 80.
Desde a inauguração da polêmica prisão para suspeitos de terrorismo, em 2002, só um processo foi concluído - e mesmo assim num acordo judicial em que o australiano David Hicks admitiu ter treinado com a Al Qaeda no Afeganistão e pôde concluir no seu país a pena de nove meses, o que ocorreu em dezembro.(X)
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