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quarta-feira, 21 de maio de 2008

Saúde: Cientistas reúnem-se para lembrar 25 anos do HIV

Dezenas de cientistas estão reunidos no Instituto Pasteur de Paris durante trés dias para discutir os 25 anos do HIV e os esforços da comunidade científica para vencer a Sida.
Para dar a real importância a este encontro é preciso lembrar a data de 20 de maio de 1983, quando a revista científica Science publicou um artigo de autoria de doze pesquisadores franceses.
No texto, os cientistas identificavam o agente responsável pela Sida, o LAV, sigla para “Lymphadenopathy Associated Virus”, que seria rebatizado de “vírus da imunodeficiência humana”, o HIV que nós conhecemos.
Na ocasião, os cientistas mostraram-se confiantes de que uma vacina seria elaborada tão rápido quanto possível.
Hoje, volvidos 25 anos e mais de 25 milhões de mortos, a ciência ainda não obteve a cura para a doença.
No início da reunião de Paris, Luc Montagnier e Robert Gallo, os dois principais nomes da descoberta de 1983, lamentaram a lentidão no processo de combate a epidemia.
Este aniversário não é uma celebração nem uma comemoração, pois o vírus continua aí”, afirmou o professor Montagnier.
Gostaria de festejar com vocês o fim da Sida, ao invés dos 25 anos do descobrimento do vírus”, declarou, para depois setenciar “Não estamos nada satisfeitos.”
O professor americano Robert Gallo lamentou que os testes com a vacina não tenham sido feitos em grande escala, destacando que “houve grandes avanços, mas também grandes erros e falta ainda muito por fazer”.
Referindo-se aos efeitos trágicos da doença, Gallo comparou a Sida a um “tsunami mensal, com 200 mil mortos”, e denunciou a falta de acesso a medicamentos por parte das populações.
Os participantes apontaram ainda a extrema capacidade de mutação do vírus da Sida.
Em apenas uma pessoa doente há mais variações do que numa epidemia mundial de gripe”, afirmou Gary Nabel, do Centro de Pesquisas sobre Vacinas de Bethesda dos Estados Unidos da América.
Os participantes também chamaram a atenção sobre a necessidade de financiamento para a pesquisa.
O dinheiro é sempre um problema, mas hoje é o maior problema”, disse Gallo.
A França, número dois mundial da pesquisa sobre a Sida, dedica um orçamento anual ao desenvolvimento da vacina de 5 milhões de euros, bem atrás dos 600 milhões de dólares utilizados pelos Estados Unidos.(X)

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