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sábado, 7 de junho de 2008

Hillary Clinton, de favorita à Casa Branca a candidata derrotada

A senadora por Nova Iorque Hillary Clinton nasceu numa família da classe média em Chicago, Illinois, em 26 de outubro de 1947. O seu pai, Hugh Rodham, trabalhava numa indústria têxtil da Pensilvânia e a sua mãe, Dorothy, era dona de casa.

Hillary entrou para a faculdade de Wellesley, onde começou a mostrar disposição para a vida política, e foi eleita presidente do grêmio estudantil da instituição. Depois, a senadora foi para Yale, onde estudou direito e se envolveu em projectos sociais da universidade, como o Yale Review of Law and Social Action.
Casou-se com Bill Clinton em 1975, no Arkansas, e em 1980 nasceu a filha do casal, Chelsea. Continuou a trabalhar como advogada numa conhecida empresa de advogados nos Estados Unidos (Rose Law Firm), e defendia casos de crianças gratuitamente.
Em 1978 foi indicada pelo então presidente Jimmy Carter para o Legal Services Corporation, uma organização sem fins lucrativos de assistência jurídica a americanos pobres. Hillary apareceu duas vezes na lista dos 100 advogados mais influentes dos EUA.
Tornou-se primeira-dama em 1992, quando Bill assumiu a presidência pela primeira vez. Ao lado dele, viajou pelo mundo e foi uma ferrenha defensora dos direitos das mulheres, denunciando os abusos e exigindo os direitos para a classe.
Na Casa Branca, também continuou o seu trabalho com crianças, e liderou uma campanha nacional para prevenção da gravidez em adolescentes. Em 1995 lançou o seu livro It Takes A Village, sobre a responsabilidade na educação das crianças, que se tornou um best-seller mundial, assim como a sua auto biografia, Living History.
Em 2000, Hillary foi eleita senadora por Nova Iorque, onde prosseguiu com os seus projectos para as crianças e se envolveu em questões da segurança nacional. Em 2002, votou a favor da invasão do Iraque, e em 2006 foi reeleita para o cargo, com 67% dos votos.
Em 21 de janeiro de 2007, Hillary deu o primeiro passo para entrar na corrida presidencial e anunciou a sua candidatura. Ela era uma das favoritas à indicação democrata, e instalou um comitê para arrecadar fundos e organizar a sua campanha.
"Estou na corrida, e estou para ganhar", dizia um comunicado no seu site. Com uma ampla rede de apoios e conhecida nacionalmente, a senadora parecia não ter muitas dificuldades para vencer a disputa interna dos democratas.
Os problemas da saúde e a Guerra do Iraque foram destacados durante a sua campanha. "Se este presidente não nos tirar do Iraque, quando eu for presidente, eu farei isso", disse Hillary, num discurso em abril de 2004. A senadora enfatizava a falta de experiência dos seus adversários (especialmente de Barack Obama) para justificar que era a melhor candidata.
Em novembro de 2007, tinha uma vantagem de mais de 20 pontos percentuais sobre Obama, que na época já era o seu principal rival no partido. A partir de dezembro, a vantagem começou a cair.
Pouco a pouco, Obama foi ganhando a dianteira, conquistando o apoio de personalidades políticas e Hillary viu a sua candidatura a desfazer-se. A 3 de junho, finalmente a corrida democrata chegou ao fim, após o senador atingir o número de delegados necessários para a indicação da legenda e anunciar-se como candidato presidencial democrata.
Depois de seis meses da acirrada disputa com Obama, Hillary anunciou no começo deste mês que iria endossar a candidatura do senador, e reiterou a sua promessa de "fazer tudo o que puder" para eleger um democrata à Casa Branca.(X)

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