Pelo mundo fora


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Cascatas da Namaacha: sete anos depois da seca

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Felisberto: Feliz no sexo será aquele que o consultar


Chama-se Felisberto Ernesto Ndeve. jovem de 31 anos, natural de Chibuto, essa terra que viu nascer, entre outros nomes famosos da nossa terra – Eusébio Johane Tamele é um deles. Na província de Gaza, sul de Moçambique.
O nosso Felisberto é vendedor de raízes, pomadas e xaropes, a que ele designa de “medicamentos tradicionais”.

Medicamentos ou não, o que o nosso homem tem na sua banca – ou será consultório? – acredita-se ter propriedades de cura das mais variadas doenças: de dores da coluna e perturbações estomacais, reumatismo, asma ... até aquelas que ele considera as mais disseminadas entre nós: a impotência sexual e as DTS. Isso mesmo: Doenças de Transmissão Sexual.
"Faço a lubrificação dos órgãos genitais. Do homem e da mulher”, afiança o nosso médico, formado nestas lides pela sua mãe, depois de abandonar o ensino formal antes de completar a sexta-classe.
No seu consultório está pendurado um cartaz com a lista das maleitas que ele ajuda a curar.


Felisberto Ernesto Ndeve é procurado por muitos pacientes. Homens e mulheres. De todas as raças. Dos 25 aos 60 anos. Moçambicanos e de outras nacionalidades, sobretudo portugueses e sul-africanos e “de origem asiática são tantos ...” garante.
Uma significativa fasquia dos seus clientes “choraminga” nos seus ombros pedindo ajuda para superar um problema comum: o fraco desempenho sexual, fonte de problemas conjugais que o dinheiro não consegue sanar.


Diz-se bastante intrigado com um fenómeno algo estranho entre nós: o elevado número de adolescentes que o procuram: uns para “desbaratar” DTS resistentes aos fármacos convencionais e outros para conseguir “fazer pelo menos uma vez por semana com a minha namorada” ... “Estes miúdos metem-me pena... com aquela idade, bem postos, com bonitos carros e no entanto ... na cama são uns farrapos... coitados”, assim falou-nos Felisberto Ndeve.


Os preços dos medicamentos variam dos 50 aos 150 meticais. Nunca mais do que esta tabela. E ninguém reclama, mesmo nos tempos difíceis como o que vivemos.
Onde encontrar o consultório/banca do nosso médico-tradicional?
Não há como perder-se. Porque o seu endereço, embora não conste em algum mapa turístico da cidade, é tão simples quanto isto: fica localizado defronte do “33 andares”, assim chamado o único arranha-céu da cidade de Maputo.

Jaimito, o melhor guitarrista moçambicano de todos os tempos


Conheci-o cara-a-cara há 3/4 anos. A sua obra musical, essa, convivo com ela desde o lançamento dos memoráveis discos (vinil) “Amanhecer 1 e 2”. Logo após a indfependência nacional.
Refiro-me ao Jaime Machatine, ou simplesmente Jaimito.


Sempre me disseram que o melhor guitarrista moçambicano de todos os tempos foi um tal de Daíco, posição aliás que é defendida por muitos aficcionados da música moçambicana, entre os quais o nosso poeta-mor, José Craveirinha.
Não tenho como rebater tal opinião simplesmente porque não conheci Daíco. Nem sequer conheço algum registo sonoro a partir do qual possa ajuizar da sua eventual virtuosidade na guitarra.
Sendo assim, Jaimito é, na minha modesta opinião, o melhor guitarrista moçambicano de todos os tempos. Tal como Francisco Mahecuane é “rei” do Bandolim, esse fabuloso instrumento que, infelizmente, está a ser atirado para o caixote do lixo pelos nossos artistas moçambicanos. Viva Ximanganini.
Uma das imagens acima contêm escritos do “nosso” Jaimito, tirada na rampa que vai desembocar no Centro Social da Rádio Moçambique. A imagem foi registada sem o nosso guitarrista se aperceber do facto porque, ao se lhe pedir para o fazer, fica simplesmente agressivo. Diz ele que “não quero mais problemas”. Que tipo de problemas e com quém, só ele sabe.


Suponho que muitos dos que conversam amiúde com o Jaimito não sabem onde ele reside, tudo indicando que ele passa os seus dias no Centro Social da RM e dorme numa das entradas desta estação emissora. A ler ou a escrever. Escritos cujo significado, como se pode testemunhar pela imagem abaixo, só ele conhece o significado.


Jaime Machatine, ou simplesmente Jaimito, não está bem de saúde. Neste estado está ele desde que, ao que se diz, desembarcou no Aeroporto Internacional de Maputo, proveniente dos Estados Unidos. As especulações sobre as causas do seu estado de saúde são as mais variadas, uma das quais reza que o nosso guitarrista terá sido severa e macabramente torturado (mentalmente) como só os americanos sabem fazer.


Detentor de uma cultura geral muito acima da considerada alta entre nós, Jaimito, mesmo no estado em que se encontra, disserta sobre uma variada gama de assuntos, com destaque para a música e literatura (sobretudo a Beat).
Eu particularmente, produto da geração 1960/1970, tenho reservado algum do meu tempo para uns dedos de conversa com o Jaime Machatine.


Quem o quiser encontrar e com ele passar uns bons momentos, encontrál-o-á no Centro Social da Rádio Moçambique. Um conselho: se quiser ofertar algo ao nosso guitarrista escolha como prenda um livro ou uma cassete de música; um café é bem vindo. Nunca, mas nunca mesmo, se atreva a sugerir que ele coma algo porque, ao que parece, ele considera esse gesto como sendo destinado aos mendigos. O que ele não é.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

África do Sul não sabe quem será a primeira-dama do país

Pouca gente duvida que o próximo presidente da África do Sul seja Jacob Zuma, líder do Congresso Nacional Africano (ANC), mas o que ninguém sabe é qual das suas três mulheres será a primeira-dama. A poligamia é legalmente permitida por ser um costume zulu. Zuma casou-se cinco vezes e permanece casado com três mulheres - uma pediu o divórcio e outra suicidou-se.

Sizakele Khumalo, casada com Zuma há 35 anos, seria a favorita não fosse a timidez. Ela raramente aparece em público, o que abriu caminho para Nompumelelo Ntuli, 34 anos, mais acostumada às festas e compromissos oficiais. Thobeka Mabhija, 35 anos, casou-se com Zuma em janeiro e não está na jogada.

O líder sul-africano não comenta o assunto, que é um tabu também entre amigos e companheiros de partido. "Amo todas elas", diz Zuma.

Com triunfo do ANC e Jacob Zuma no poder, o que a África do Sul espera?

A 6 de Maio, o Parlamento vai eleger o novo Presidente sul-africano, que não se compara aos trés anteriores. É uma novidade que suscita entusiasmo em muitos e provoca inquietação em alguns, sobretudo entre aqueles cépticos quanto à capacidade de Jacob Zuma de governar o país.

A sua aura de revolucionário ganhou-a dos tempos da luta anti-apartheid, a sua popularidade nasceu da proximidade cúmplice que cultiva com as pessoas e o seu carisma vem da forma afectuosa como se relaciona com o povo.

Há quem considere Zuma ”Uma alma verdadeiramente calorosa, um homem de charme, com uma compreensão fantástica das aspirações que o povo tinha na luta de libertação".

Ele prepara-se para ser eleito Presidente a 6 de Maio, pelo Parlamento, depois da vitória do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), nas eleições de quarta-feira, 22.

O novo líder cresceu na pobreza, formou-se na adversidade, não completou os estudos, entregou-se a um ideal político. Tem 67 anos.A história e o contexto político do seu país elevaram-no a herói da libertação, como outros. Esteve preso dez anos, em Robben Island, com Nelson Mandela. E esteve muito próximo de outros líderes, como Thabo Mbeki, com quem mais tarde se incompatibilizou. Mas as suas credenciais para governar são postas em causa por respeitadas figuras como o arcebispo Desmond Tutu ou o ex-Presidente Frederick de Klerk.

Na clandestinidade e depois no exílio, era Zuma quem recebia os milhares de jovens forçados a deixar o país por aderirem à luta. Ganhou respeito "pela maneira como transformou esses jovens em homens", diz a diplomata Thandiwe Profit-McLean Profit-McLean.

"JZ", como é conhecido, é um homem das bases, do povo. Fala todas as línguas sul-africanas e isso é importante - entre a população mais pobre, muitos não dominam o inglês ou a língua afrikaner. É referido como um "campeão dos pobres e dos oprimidos". (X)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Eusébio Johane Tamele: um trovador e escritor com ideias e convicções próprias (X)


Tive o ensejo e a felicidade de conhecê-lo pessoalmente mas, para minha infelicidade, morria pouco depois. Da longa conversa que tivemos, em Xai-Xai, aquando do lançamento das primeiras emissões autónomas da Rádio Moçambique na província de Gaza, ficou-me a sensação de que Eusébio Johane Tamele não terá sido apenas “mais um”, ou seja, mais um intérprete da canção ligeira moçambicana, mas também um homem com ideias e convicções próprias.

Eusébio Johane Tamele deu-me a ler excertos de um manuscrito de sua lavra no qual relata as suas memórias e alguns registos histórico-políticos das suas vivências. Fiquei impressionado com a riqueza do material ali registado mas, e porque se tratava de um primeiro contacto com o homem, ainda me ficou algum cepticismo. A dúvida, porém, havia de ser dissipada quando, no decurso das comemorações dos 40 anos da morte de Mateus Sansão Muthema, em Chikhumbane, ouvimos uma evocação referir, a certa altura, que Eusébio Johane Tamele foi parceiro e confidente político daquele nacionalista da Frente de Libertação de Moçambique. Hoje, aqui e agora, se calhar também rendemos homenagem a um escritor, e não somente a um grande trovador.

Abordando agora a sua vertente musical, aquela em que Eusébio Joohane Tamele ficou mais conhecido.
Hoje, muitas décadas depois, não tenho dúvidas de que o homem não se desvia um único milímetro do traço musical da sua terra natal, embora não resistamos à tentação de o classificarmos em termos mais universais, o iremos fazer de seguida.

Socorrendo-me do modesto conhecimento que tenho sobre a literatura da especialidade, não vejo como não colocar Eusébio Johane Tamele, ou Zeburani como era popularmente chamado, no rol daqueles intérpretes que usam a sátira como elemento básico nas suas composições. A sátira, representada pelas conhecidas "cantigas de escárnio e de mal dizer", encontramo-la com frequência nas letras de Zeburani, que as recria com rara beleza e, buscadas do vasto cancioneiro satírico de que Chibuto, é muito rico.
Nas composições de Zeburani, tal como acontece com os intérpretes deste género musical, já não é o sarcasmo que predomina, mas antes a nota graciosa e leve, ditada pela ironia, que nem por isso deixa de ferir algumas susceptibilidades.

Para nós, Zeburani fá-lo com muita delicadeza, não abdicando da sua função social e correctiva. Por exemplo, na canção "Tshunela Seyo", Zeburani deixa um pouco a sátira de lado para entrar no domínio do humorismo. É um jogral entre marido e esposa, com esta a advertir o parceiro a não se aproximar de si, porque tem o filho doente. E depois...
Bem, e depois a mulher não cede à sedução, e o homem procura, pela aldeia adentro, quem lhe possa "comer limão"...

Não acabo esta abordagem à música de Eusébio Johane Tamele, ou melhor Zeburani, sem antes colocar na mesa mais uma pergunta pretensiosa.
Quem gosta da música blues, sabe que este estilo musical se caldeou e sedimentou a partir de vários estilos musicais europeus e africanos levados para as Américas pelos colonizadores e pelos respectivos escravos.
"Bava A Nga Pswalanga", é provavelmente o tema mais conhecido de Eusébio Johane Tamele. Considero esta canção um blues na sua forma mais pura ou, mais precisamente, um folk blues que, como se sabe, é uma das raízes deste estilo musical que se desenvolveu nos Estados Unidos da América.

Numa espécie de tira-teimas, comparemos "Bava A Nga Pswalanga", do nosso Zeburani, com o tema "Cocaine" interpretado, na sua forma original, pelo nova-iorquino Dave Van Ronk e tornado porém famoso, nos anos 70, pelo guitarrista e bluesman britânico Eric Clapton.

Com o mesmo propósito comparativo existem nas respectivas produções discográficas um tema interpretado por Otis Ray Redding, Jr., um blues do delta do Mississipi executado por Mississipi John Hurt, e um blues da savana de Chibuto (Gaza, sul de Moçambique) intitulado "Bava a Nga Pswalanga" de Eusébio Johane Tamele, ou melhor, de Zeburani.
Se por ventura escutar as trés propostas, o leitor que tire as suas conclusões, sendo que a nossa é de que Zeburani, sim, foi um bluesman.

(*) Texto de Autoria de Luís Loforte, adoptado do Programa radiofónico “Clube dos Entas” transmitido na Rádio Moçambique, Antena Nacional, na frequência FM 92.3: Quinta-feira (22H05) e Segunda-feira (02H05). O programa é produzido e apresentado por Edmundo Galiza Matos, com créditos técnicos de Nassurdine Adamo.

sábado, 18 de abril de 2009

Mudanças climáticas já são ameaça à pesca

O impacto das mudanças climáticas está a ameaçar a produção pesqueira no Arquipélago das Ilhas Primeiras e Segundas, onde na semana passada foram detectadas evidências de destruição de recifes de coral devido, sobretudo, ao aumento da temperatura das águas naquela região costeira das províncias de Nampula e Zambézia, cento e norte de Moçambique.

Cobrindo uma extensão aproximada de 500 quilómetros entre os distritos de Angoche, em Nampula e Pebane, na Zambézia, o Arquipélago das Primeiras e Segundas abarca um total de dez Ilhas ricas em recifes de coral, considerados habitates mais produtivos da fauna marinha. Atenta aos relatos sobre a existência de tal potencial na costa moçambicana, a The Nature Conservation (TNC), uma instituição de pesquisa sediada em Durban, na África do Sul, apresentou às autoridades moçambicanas uma proposta visando o desenvolvimento de programas especiais de protecção, tomando como base a experiência adquirida em intervenções anteriores no Oceano Pacífico.

Segundo Peter Bechtel, coordenador de Programas do Fundo Mundial para a Natureza na região norte do país, foi na sequência dos contactos com as autoridades moçambicanas que a TNC enviou ao país uma equipa de investigadores que, durante dez dias realizou sessões de mergulho para se aperceber da situação real dos corais nas Ilhas Primeiras e Segundas.

“A principal constatação feita pela equipa de investigadores é sobre a presença de sinais alarmantes de branqueamento dos recifes de coral, um fenómeno que terá iniciado há cerca de três semanas. Segundo as Nações Unidas, Moçambique é um dos três países do mundo mais propensos à ocorrência de calamidades naturais e a previsão é que o país venha a sofrer fortes impactos das mudanças climáticas, o maior dos quais poderá ser exactamente sobre os recifes de coral do Arquipélago das Ilhas Primeiras e Segundas. Esta situação vai ter sérias implicações na produção pesqueira das ilhas, facto que preocupa, considerando que a pesca é a principal actividade naquela região de Moçambique”, explica Peter Bechtel.

Segundo a fonte, dois factores, ambos ligados às mudanças climáticas, estão por detrás do branqueamento de corais no arquipélago, nomeadamente o ciclone "Izilda" que recentemente se abateu sobre as ilhas na região de Angoche, e a movimentação de uma massa de água quente do alto mar para a costa das ilhas, situação a que se junta o intenso calor que faz aquecer a água, provocando o seu aquecimento acima do normal.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um olhar sobre a canção moçambicana nos anos 60 e 70 (*)


Por aqueles anos, salvo melhor opinião, a música ligeira de Moçambique estava ancorada nas terras do rand, Africa do Sul. Atrevemo até a dizer que Fany M’Pfumu, Alexandre Langa, Moniz Nothisso, Daniel Marivate, Alfiado Vilanculos, Lisboa Mathavele, Dilon Njinji, Francisco Mahecuane, Alexandre Jafete e tantos outros, não teriam certamente sido aquilo que vieram a ser se não tivessem desenvolvido a sua arte e as suas potencialidades na África do Sul. Em Moçambique não havia, nem mercado, nem indústria discográfica que os pudesse sedimentar.

Existem pelo mundo fora, na forma original, os registos discográficos que aqueles nossos artistas fizeram, cujas matrizes originais são mantidas pelas gravadoras que os registaram, não sendo por isso despropositado apelar, aqui e agora, que as entidades da cultura nacionais procurem resgatar aquele riquíssimo património.

Um exemplo propositadamente escolhido até para lançar mais achas na discussão em curso (que eu pretendo sã e desapaixonada), temos a versão de «João Domingos» para o tema «Georgina». Escutando com atenção, notaremos que está nela patente o ritmo da marrabenta, a primeira, ou talvez a mais conhecida expressão estilizada da música ligeira produzida em Moçambique. E porque está em voga uma discussão interessante sobre a origem da marrabenta, que tal metermos uma colherada na matéria por um ângulo bem diferente daquele por que temos acompanhado o debate?

Em 1959 (já já vai meio século), em Joanesburgo, Alexandre Jafete gravou um tema a que deu o título de Marrabenta, através do qual critica a juventude de então por se alhear do trabalho, do estudo, da higiene, do casamento, dos bons hábitos, de tudo por causa da marrabenta. A marrabenta era, então, uma forma de alienação cultural. Em todas as épocas e em todas as latitudes as coisas novas provocam estas reacções. Foi assim com a bossa nova, no Brasil, com o blues, jazz, swing e soul, nos Estados Unidos, com o yé-yé, em todo o mundo, com o twist, e até com o xitsuketi , entre nós.

Alexandre Jafete Simbine, de seu nome completo, estudou no Colégio de Khambine, no distrito de Morrumbene, em Inhambane, nos anos 40. Conta um seu condiscípulo que a grande paixão que Jafete nutria pela música fê-lo abandonar o colégio, levando consigo um pequeno tesouro da sua turma: o hinário da Igreja Metodista Episcopal. Ao que se sabe, Alexandre Jafete nunca mais voltou a Moçambique, acabando por morrer, ao que se diz assassinado, na África do Sul.

A questão que se coloca é: defendendo-se com veemência que a marrabenta nasceu e se desenvolveu no bairro da Mafalala, na então Lourenço Marques, de que marrabenta fala e canta, então, Alexandre Jafete? Pergunta pretensiosa, admito, mas talvez a merecer uma modesta resposta dos entendidos, que presumo existirem entre nós.

(*) Este artigo, da autoria de Luís Loforte, foi publicado no programa da Rádio Moçambique O Clube dos Entas e foi adoptado por mim para este espaço virtual. Assim, e porque para uma melhor compreensão das ideias de Loforte (colaborador do programa), necessário se torna que os interessados escutem aquele programa esta quinta-feira (16) as 22H05 e segunda-feira (20) as 02H05 na frequência 92.3 (FM).

20 anos da queda do Muro de Berlim



Em novembro vai passar vinte anos que o Muro de Berlim caiu, mesmo mês em que está prevista a finalização do restauro das suas pinturas.

Nestas imagens das obras em curso.

India: eleitora de 105 anos

Mulher de 105 anos deixa assembleia de voto na cidade de Varanasi,no norte da Índia, nesta quinta-feira.

Entre combates, tensões regionais, miséria e negócios milionários, a maior democracia do mundo começou ontem, 16, a escolher um novo governo.

Só no primeiro dia votaram cerca de 143 milhões de eleitores, mas foi a violência que se destacou num dia em que o governo indiano excluiu os franceses da Dassault dum negócio multimilionário para a aquisição de 126 aviões de combate, valendo nove mil milhões de euros.

Woody Allen processa marca de roupa

O realizador norte-americano pôs um processo em tribunal contra a American Apparel, marca de roupa americana, por uso indevido da sua imagem num spot publicitário.

O realizador exige uma indemnização no valor de 7,5 milhões de euros, alegando que o anúncio em causa prejudica o seu bom nome.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

50 anos da Revolução Cubana em debate na Rádio Moçambique

Cuba é sinónimo de Revolução. Desde 1 de Janeiro de 1959 que a maior ilha das Caraíbas é um marco incontornável para o resto do mundo.

E, precisamente 50 anos depois, a sua influência - apesar de diminuta - não desapareceu de todo.

Muitos de nós crescemos influenciados pela Revolução cubana, pelas façanhas e desventuras dos seus protagonistas.

Para alguns, a Revolução cubana significa uma história de heroísmo, de luta pela liberdade e contra o imperialismo.

Para outros, é justamente o contrário: um símbolo de ditadura e de opressão.

O que é certo é que Cuba desata paixões, e falar do que foi, do que é, e do que será a Revolução de Fidel Castro acaba por ser um verdadeiro desafio.

No programa Linha Directa da Antena Nacional (FM 92.3) da Rádio Moçambique de sábado, 18, com início as 09H05, vamos tentar explorar os 50 anos da Revolução cubana analisando os seus êxitos e o futuro da ilha.

O internauta é convidado a participar por telefone ou enviando antecipadamente perguntas para o e-mail eagmatos@gmail.com.