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terça-feira, 3 de junho de 2008

Afro-americanos pagam a sua "dívida" em Arusha

DESTACADAS figuras mundiais, que vão desde defensores dos direitos cívicos, antigos estadistas e não só, personalidades do mundo da arte e cultura, desportistas de proa, companhias multinacionais de marca, até aos políticos no activo, maioritariamente de origem afro-americana, juntam-se aos seus parceiros africanos, para a partir de hoje, na cidade de Arusha, norte da Tanzania, buscarem novas formas de pagar a sua “dívida” aos seus ancestrais, aumentando o nível de vida do Continente Africano, considerado um dos mais atrasados do planeta.
O Presidente Armando Guebuza que é um dos convidados a esta cimeira de dois dias, deverá chegar ainda hoje a esta cidade, ido de Yokohama, onde semana passada participou na Conferencia Internacional de Tóquio Para o Desenvolvimento de África, a chamada TICAD IV.
As expectativas de participação avançadas pelos organizadores desta cimeira de Arusha apontavam para a presença de participantes oriundos de diversos cantos do mundo, sobretudo das Américas.
Estes eventos que se realizam de dois em dois anos, normalmente conhecidos por cimeiras “afro-americanas”, tiveram o seu início em 1991 e, em 2003, foram baptizadas pela designação de “Cimeiras Leon Sullivan”, em homenagem ao seu promotor e fundador, o reverendo afro-americano, Leon Howard Sullivan, falecido em Abril 2001.
As notas introdutórias sobre a importância destas realizações indicam que razões históricas determinaram que os povos africanos e o segmento norte-americano, ambos descendentes dos mesmos ancestrais, identificassem formas de cooperação entre si, apesar das conhecidas diferenças socioeconómicas e o afastamento geográfico.
Para tanto, a forma encontrada de reaproximação dos povos africanos e afro-americanos é atribuída ao falecido teólogo, reverendo Leon Sullivan, pastor da Igreja Baptista, que foi o patrono do lançamento da iniciativa “Oportunities Industrialisation Centre of America”, um movimento de auto-auxílio iniciado em 1984, ao qual aderiu mais de um milhão de pessoas.
Segundo fomos informados pelos promotores desta oitava cimeira, nos meados de 1992, entre outros feitos, o reverendo Sullivan encetou esforços com vista à promoção do programa “Teachers for Africa” que consistia no envio ao Continente Africano de professores americanos e administradores de escolas para prestarem assistência na melhoria dos sistemas de ensino, entre outras acções, concorrendo para tirar a África do subdesenvolvimento.
Entre as figuras afro-americanas de renome que já ontem tomavam parte nos debates preliminares aqui, em Arusha, particular realce vai para o líder norte-americano dos direitos cívicos, reverendo Jesse Jackson, o antigo subsecretário norte-americano Para os Assuntos Africanos, Andrew Young, a Koreta King, viúva de Martin Luther King, o comediante Chris Tucker, entre outros. Ao lado destas figuras estão igualmente, em Arusha, comungando os mesmos objectivos do Reverendo Sullivan companhias multinacionais norte-americanas como sejam a Coca-Cola , a General Electric, a Cheron Corp, entre outras.
O antigo embaixador Andrew Young, na sua qualidade de co-presidente desta oitava cimeira, nas suas diversas intervenções, lado a lado com Jesse Jackson, esteve sempre presente no seu discurso a presente expressão: “ tudo devemos fazer, cada um à sua maneira, mas o importante é ajudar África”.
Moçambique que estará representado à cimeira ao mais alto nível participa nos debates técnicos com uma delegação que integra o Ministro do Turismo, António Sumbana e o embaixador moçambicano na Tanzania, Zacarias Kupela, entre outros quadros.(X)

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