A Amnistia Internacional pediu nesta quarta-feira aos líderes mundiais que se desculpem por seis décadas do que a entidade considera fracasso na defesa dos direitos humanos.
O pedido vem contido no relatório anual da organização, que, neste ano, faz um balanço entre o que foi prometido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e o que foi cumprido até agora.
“Injustiça, desigualdade e impunidade são as marcas do nosso mundo de hoje”, escreve a Amnistia Internacional, acrescentando que os governos devem agir agora para acabar com a distância entre promessas e desempenho.
Irene Khan, secretária-geral da organização, em comunicado à imprensa, diz que os governos de todo o mundo deveriam comprometer-se novamente a apresentar melhoras concretas neste campo.
Para Khan, os problemas dos direitos humanos em Darfur, Zimbabwe, Gaza, Iraque e Mianmar exigem uma acção imediata.
Segundo o relatório, 60 anos depois de a Declaração Universal dos Direitos Humanos ter sido adoptada pelas Nações Unidas, pessoas ainda são torturadas ou mal tratadas em pelo menos 81 países, são submetidas a julgamentos injustos em pelo menos 54 países e não têm direito de se manifestar livremente em pelo menos 77.
O ano de 2007, de acordo com aquela organização, foi caracterizado pela impotência dos governos ocidentais e a ambivalência ou relutância dos poderes emergentes em combater algumas das piores crises de direitos humanos no mundo, desde guerras a desigualdades que deixam milhões de pessoas para trás.
Para a organização, a maior ameaça ao futuro dos direitos humanos é a ausência de uma visão compartilhada e de uma liderança colectiva.
Este ano, 2008, deve representa uma oportunidade sem precedentes para que novos líderes e países emergentes no cenário internacional estabeleçam uma nova direcção e rejeitem as políticas e práticas míopes que têm tornado o mundo um lugar mais perigoso e mais dividido, afirmou a secretária-geral da Amnistia.
Segundo Khan, os governos mais poderosos devem liderar e dar o exemplo.
Nesse sentido, a organização faz um apelo directo para a China, os Estados Unidos, a Rússia e a União Européia.
A Amnistia diz que a China deve cumprir as promessas feitas por ocasião dos Jogos Olímpicos e permitir a liberdade de expressão e de imprensa e acabar com o sistema de "reeducação através do trabalho", que permite a prisão por até quatro anos sem indiciamento, julgamento ou revisão judicial.
No caso dos Estados Unidos, o apelo refere-se ao encerramento da prisão de Guantánamo e outros centros de detenção e à rejeição da tortura.
Já a Rússia deveria mostrar mais tolerância à dissidência política e nenhuma tolerância à impunidade de abusos de direitos humanos na Chechênia.
E a União Européia, segundo a Amnistia, deveria investigar a cumplicidade dos seus integrantes em "entregar" suspeitos de terrorismo e egixir deles os mesmos padrões de direitos humanos que exige de países fora do bloco. (X)
O pedido vem contido no relatório anual da organização, que, neste ano, faz um balanço entre o que foi prometido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e o que foi cumprido até agora.
“Injustiça, desigualdade e impunidade são as marcas do nosso mundo de hoje”, escreve a Amnistia Internacional, acrescentando que os governos devem agir agora para acabar com a distância entre promessas e desempenho.
Irene Khan, secretária-geral da organização, em comunicado à imprensa, diz que os governos de todo o mundo deveriam comprometer-se novamente a apresentar melhoras concretas neste campo.
Para Khan, os problemas dos direitos humanos em Darfur, Zimbabwe, Gaza, Iraque e Mianmar exigem uma acção imediata.
Segundo o relatório, 60 anos depois de a Declaração Universal dos Direitos Humanos ter sido adoptada pelas Nações Unidas, pessoas ainda são torturadas ou mal tratadas em pelo menos 81 países, são submetidas a julgamentos injustos em pelo menos 54 países e não têm direito de se manifestar livremente em pelo menos 77.
O ano de 2007, de acordo com aquela organização, foi caracterizado pela impotência dos governos ocidentais e a ambivalência ou relutância dos poderes emergentes em combater algumas das piores crises de direitos humanos no mundo, desde guerras a desigualdades que deixam milhões de pessoas para trás.
Para a organização, a maior ameaça ao futuro dos direitos humanos é a ausência de uma visão compartilhada e de uma liderança colectiva.
Este ano, 2008, deve representa uma oportunidade sem precedentes para que novos líderes e países emergentes no cenário internacional estabeleçam uma nova direcção e rejeitem as políticas e práticas míopes que têm tornado o mundo um lugar mais perigoso e mais dividido, afirmou a secretária-geral da Amnistia.
Segundo Khan, os governos mais poderosos devem liderar e dar o exemplo.
Nesse sentido, a organização faz um apelo directo para a China, os Estados Unidos, a Rússia e a União Européia.
A Amnistia diz que a China deve cumprir as promessas feitas por ocasião dos Jogos Olímpicos e permitir a liberdade de expressão e de imprensa e acabar com o sistema de "reeducação através do trabalho", que permite a prisão por até quatro anos sem indiciamento, julgamento ou revisão judicial.
No caso dos Estados Unidos, o apelo refere-se ao encerramento da prisão de Guantánamo e outros centros de detenção e à rejeição da tortura.
Já a Rússia deveria mostrar mais tolerância à dissidência política e nenhuma tolerância à impunidade de abusos de direitos humanos na Chechênia.
E a União Européia, segundo a Amnistia, deveria investigar a cumplicidade dos seus integrantes em "entregar" suspeitos de terrorismo e egixir deles os mesmos padrões de direitos humanos que exige de países fora do bloco. (X)
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