WASHINGTON - Uma eleição para a Presidência dos Estados Unidos na qual se enfrentariam o democrata Barack Obama e o republicano John McCain seria pautada por diferenças enormes a respeito das questões mais espinhosas, do Iraque e da política externa aos impostos e ao sistema de saúde.
O recente embate entre os dois a respeito da disposição de Obama em negociar com líderes estrangeiros considerados hostis serviu de pré-aquecimento para o que pode se transformar em cinco meses de uma intensa campanha até o pleito de novembro.
"Esse será o mais claro contraste entre candidatos que já houve na última geração", afirmou Doug Schoen, consultor do Partido Democrata e ex-assessor do presidente Bill Clinton.
"Haverá duas visões de mundo apresentadas de forma muito contrastante."
Obama está muito perto de conseguir a vaga democrata nas eleições gerais, vencendo assim sua adversária de partido Hillary Clinton. McCain já garantiu a sua participação no pleito nacional.
Nas últimas semanas, os dois candidatos passaram a desferir críticas um contra o outro. ______________________________________________________
As diferenças entre McCain, 71, branco, ex-piloto da Marinha e ex-prisioneiro de guerra no Vietnam, e Obama, 46, negro, formado na Faculdade de Direito Harvard e ex-líder comunitário, ultrapassam em muito o nível pessoal.
O recente embate entre os dois a respeito da disposição de Obama em negociar com líderes estrangeiros considerados hostis serviu de pré-aquecimento para o que pode se transformar em cinco meses de uma intensa campanha até o pleito de novembro.
"Esse será o mais claro contraste entre candidatos que já houve na última geração", afirmou Doug Schoen, consultor do Partido Democrata e ex-assessor do presidente Bill Clinton.
"Haverá duas visões de mundo apresentadas de forma muito contrastante."
Obama está muito perto de conseguir a vaga democrata nas eleições gerais, vencendo assim sua adversária de partido Hillary Clinton. McCain já garantiu a sua participação no pleito nacional.
Nas últimas semanas, os dois candidatos passaram a desferir críticas um contra o outro. ______________________________________________________
As diferenças entre McCain, 71, branco, ex-piloto da Marinha e ex-prisioneiro de guerra no Vietnam, e Obama, 46, negro, formado na Faculdade de Direito Harvard e ex-líder comunitário, ultrapassam em muito o nível pessoal.
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O abismo ideológico que os separa torna-se mais evidente nas duas questões geralmente citadas nas pesquisas de opinião como as de maior destaque para os eleitores norte-americanos - a guerra no Iraque e a crise econômica.
"A respeito das duas questões principais, não poderia haver uma distância maior", afirmou Dan Schnur, consultor dos republicanos e assessor de McCain durante a campanha presidencial deste em 2000.
McCain ganhou destaque como um dos maiores defensores da invasão do Iraque e promete manter os soldados norte-americanos ali até vencer a guerra. Recentemente, o candidato afirmou que 2013 lhe parecia uma meta razoável para acabar com o conflito e colocar fim ao envolvimento dos EUA.
Obama, senador pelo Estado de Illinois, opôs-se desde o princípio à guerra e prometeu retirar os soldados norte-americanos do Iraque nos seus primeiros 16 meses de governo.
As diferenças são igualmente grandes na área tributária. McCain defende prorrogar os descontos fiscais conferidos pelo actual presidente do país, George W. Bush, e reduzir os impostos cobrados das empresas. Já Obama deixaria que expirassem os abatimentos concedidos por Bush à camada mais rica da população - os que têm renda anual superior a 250 mil dólares - e que expirassem as reduções de tarifa nos impostos cobrados sobre os ganhos de capital.
Os dois também entraram em rota de colisão devido à oposição de Obama à idéia de McCain de suspender a cobrança do imposto federal sobre a gasolina durante o verão. O democrata considerou a medida um golpe eleitoreiro com poucas consequências práticas. Já McCain diz que o plano ajudaria a melhorar a situação das famílias mais pobres que saem de férias.
Obama deseja ainda renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), responsabilizado por alguns democratas e por sindicados pelo corte de postos de trabalho nos EUA. McCain defende o pacto.
ASSISTÊNCIA MÉDICA
Os dois candidatos também adotam posturas diametralmente opostas a respeito da assistência médica gratuita, que costuma ser citada como segunda questão de política interna mais importante depois da crise econômica.
McCain usaria créditos fiscais para ajudar o sector a migrar de uma cobertura baseada no empregador para um sistema de livre mercado no qual as pessoas poderiam escolher entre apólices diferentes.
Obama quer manter o actual sistema e ampliar o envolvimento do governo nele. O democrata defende ainda oferecer assistência médica para os 47 milhões de norte-americanos que hoje não dispõem de seguro.
O republicano, por outro lado, costuma dizer que Obama não tem experiência em assuntos de segurança nacional, criticando a disposição deste em negociar directamente com líderes de países considerados hostis sem impor pré-condições.
Já o democrata ataca os planos de McCain para a economia e os seus laços com grupos lobistas de Washington, afirmando que o republicano realizaria algo parecido com um terceiro mandato Bush.(X)
O abismo ideológico que os separa torna-se mais evidente nas duas questões geralmente citadas nas pesquisas de opinião como as de maior destaque para os eleitores norte-americanos - a guerra no Iraque e a crise econômica.
"A respeito das duas questões principais, não poderia haver uma distância maior", afirmou Dan Schnur, consultor dos republicanos e assessor de McCain durante a campanha presidencial deste em 2000.
McCain ganhou destaque como um dos maiores defensores da invasão do Iraque e promete manter os soldados norte-americanos ali até vencer a guerra. Recentemente, o candidato afirmou que 2013 lhe parecia uma meta razoável para acabar com o conflito e colocar fim ao envolvimento dos EUA.
Obama, senador pelo Estado de Illinois, opôs-se desde o princípio à guerra e prometeu retirar os soldados norte-americanos do Iraque nos seus primeiros 16 meses de governo.
As diferenças são igualmente grandes na área tributária. McCain defende prorrogar os descontos fiscais conferidos pelo actual presidente do país, George W. Bush, e reduzir os impostos cobrados das empresas. Já Obama deixaria que expirassem os abatimentos concedidos por Bush à camada mais rica da população - os que têm renda anual superior a 250 mil dólares - e que expirassem as reduções de tarifa nos impostos cobrados sobre os ganhos de capital.
Os dois também entraram em rota de colisão devido à oposição de Obama à idéia de McCain de suspender a cobrança do imposto federal sobre a gasolina durante o verão. O democrata considerou a medida um golpe eleitoreiro com poucas consequências práticas. Já McCain diz que o plano ajudaria a melhorar a situação das famílias mais pobres que saem de férias.
Obama deseja ainda renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), responsabilizado por alguns democratas e por sindicados pelo corte de postos de trabalho nos EUA. McCain defende o pacto.
ASSISTÊNCIA MÉDICA
Os dois candidatos também adotam posturas diametralmente opostas a respeito da assistência médica gratuita, que costuma ser citada como segunda questão de política interna mais importante depois da crise econômica.
McCain usaria créditos fiscais para ajudar o sector a migrar de uma cobertura baseada no empregador para um sistema de livre mercado no qual as pessoas poderiam escolher entre apólices diferentes.
Obama quer manter o actual sistema e ampliar o envolvimento do governo nele. O democrata defende ainda oferecer assistência médica para os 47 milhões de norte-americanos que hoje não dispõem de seguro.
O republicano, por outro lado, costuma dizer que Obama não tem experiência em assuntos de segurança nacional, criticando a disposição deste em negociar directamente com líderes de países considerados hostis sem impor pré-condições.
Já o democrata ataca os planos de McCain para a economia e os seus laços com grupos lobistas de Washington, afirmando que o republicano realizaria algo parecido com um terceiro mandato Bush.(X)
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