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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Líder máximo das Farc está morto, confirma o governo

O governo da Colômbia confirmou neste sábado, 24, que o chefe máximo e fundador da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Pedro Antonio Marín - também conhecido como "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo" - está morto.
“´Tirofijo' faleceu às 18h30 do horário local (01h30 de Maputo) de 26 de março passado por causas que ainda não foram confirmadas", dissen o governo de Bogotá. Tirofijo, que teria completado 78 anos em 12 de maio, passou os últimos 40 anos nas matas e campos entre os rebeldes das Farc. Era considerado o guerrilheiro activo “mais velho do mundo”.
A confirmação oficial foi feita após a “Semana”, uma das principais revistas colombianas, que começou a circular neste domingo, 25, publicar a informação dada em entrevista pelo ministro da defesa. Na versão da revista na web, o ministro disse que a informação era proveniente de uma fonte fidedigna.
Segundo o comunicado oficial, a causa da morte ainda estaria a ser investigada. Pode ter sido ataque cardíaco ou bombardeamento, já que as Forças Militares colombianas bombardearam diferentes áreas de La Uribe, no departamento Meta, perto do dia em que Tirofijo faleceu, por que tinham informações de que ele estaria ali. O texto assinala que “entre as Farc, a versão é de que o chefe morreu por causas naturais, especificamente por uma paragem cardíaca”. O documento informa que o grupo rebelde designou como seu sucessor Guillermo León Sánez, conhecido como “Alfonso Calo”.
A Agência de Notícias Nova Colômbia, com sede em Estocolmo, Suécia, que apóia as Farc, divulgou uma nota dúbia que diz: “se morreu, não terá sido estéril a sua passagem pela grande pátria de Bolívar”.
O cabeça das líder das Farc nasceu em Gênova, um povoado do departamento de Quindío, centro-oeste, em 12 de maio de 1930. Segundo alguns de seus biógrafos, ganhou o seu apelido pela sua boa pontaria e, segundo reza a lenda, “onde põe o olho, põe a bala.”
Tirofijo foi o fundador das Farc. Ele ajudou a organizar a guerrilha durante os anos 60, como grupo de esquerda lutando pela justiça social. A última vez que ele foi visto em público foi durante as frustradas negociações de paz com o governo do presidente Andrés Pastrana (1998-2002). Ele já foi dado como morto nos últimos anos pelo menos três vezes, a última delas em 2004.
Enfraquecimento
Após 40 anos de combate, o grupo rebelde têm sido enfraquecido pela campanha do presidente Álvaro Uribe, como apoio dos Estados Unidos.
Após anos de violência e impasse nas negociações com o governo, as Farc libertaram neste ano seis reféns políticos, com a mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Em Caracas e Bogotá, circulavam rumores de que Tirofijo teria recebido abrigo de Chávez e - com a saúde abalada - estaria sob a protecção de militares venezuelanos em algum lugar perto da fronteira com a Colômbia.
A versão de que o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, vinha procurando implacavelmente eliminar os líderes da guerrilha ganhou força a 1 de março, quando aviões ê soldados da Colômbia mataram, em território do Equador, o "número 2" das Farc, Raúl Reyes. A ofensiva abriu uma grave crise política entre Colômbia e Equador.
Uma semana depois, Iván Rios, outro membro da cúpula das Farc, foi assassinado pelo chefe de sua segurança, Pedro Pablo Montoya. O guerrilheiro entregou às autoridades uma das mãos do comandante e recebeu uma recompensa de 2,7 milhões de dolares pelo assassinato.(X)

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