A jornalista mexicana, Lidia Cacho Ribeiro é a vencedora do prémio Mundial de Liberdade de Imprensa.
Os membros do júri escolheram a jornalista mexicana Lidia Cacho Ribeiro, como vencedora deste prémio, devido ao seu empenho e coragem na denúncia de casos de corrupção política, crime organizado e violência doméstica no México.
A entrega do prémio avaliado em vinte e cinco mil dólares, terá lugar a três de Maio em Maputo, dia em que se assinala o dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Os membros do júri escolheram a jornalista mexicana Lidia Cacho Ribeiro, como vencedora deste prémio, devido ao seu empenho e coragem na denúncia de casos de corrupção política, crime organizado e violência doméstica no México.
A entrega do prémio avaliado em vinte e cinco mil dólares, terá lugar a três de Maio em Maputo, dia em que se assinala o dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
As cerimónias centrais do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa terão lugar, como sabemos já neste 3 de Maio em Moçambique. Para o efeito, estarão presentes mais de 200 convidados oriundos de diversas partes do mundo incluindo o Prémio Nobel da literatura o nigeriano Wole Soyinka e o Director-Geral da UNESCO, Koichiro Matsura, que se vão juntar ao Presidente Armando Guebuza. Moçambique vai assim ser este sábado a capital mundial da liberdade de imprensa.
DUAS OPINIÕES
Eliseu Bento (Jornal Notícias/Maputo): "Aqui está sem dúvida alguma mais uma prova inequívoca de que Moçambique está bastante avançado no que se refere à liberdade de imprensa. Aqui está mais uma prova de que Moçambique é um dos países mais livres no mundo no que diz respeito à liberdade de imprensa o que só nos pode encher ainda mais de orgulho.
Todos sabemos, especialmente os jornalistas, que em muitos países os colegas jornalistas passam maus bocados para exercerem a sua profissão como realmente se impõe porque os obstáculos são muitos, as violações são inúmeras, os abusos, detenções, intimidações e outros atropelos estão na ordem do dia.
Certa vez num encontro de profissionais da região no Botswana os jornalistas moçambicanos presentes deixaram meio mundo incrédulo porque tinham dito que no seu país se escrevia até sobre a vida privada do Presidente da República. Foi como que uma bomba no seio daquele pessoal e conseguimos ler que no fim alguns saíram dali com dúvidas sobre se estávamos a falar verdade. Deu para ver que isso era coisa de outro mundo para eles.
Já foi reportado aqui mesmo em Moçambique que um jornalista de um país da região tinha ficado boquiaberto quando estando ele por cá participou numa conferência de imprensa em que o nosso Chefe do Estado no fim se colocou à disposição dos jornalistas para outras perguntas. Disse aquele profissional que no seu país o Presidente falava e fechava a sessão. Não havia perguntas para ninguém".
José Rodrigues dos Santos (RTP): "Integridade, coragem e paciência são, entre várias outras, as principais qualidades que um jornalista deve possuir para abraçar a área de investigação, de acordo com José Rodrigues dos Santos, antigo director de Informação da Rádio e Televisão Portuguesa (RTP), falando ontem na cidade de Maputo no âmbito das festividades do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala próximo sábado.
Segundo aquele jornalista, não existe jornalismo do sector público nem privado, uma vez que o profissional da comunicação social é um indivíduo comprometido com a verdade e nada mais.
Numa palestra denominada “Jornalismo Investigativo, Contexto, Teorias, Conceitos, Prática e Importância para a Consolidação da Boa Governação e Combate à Pobreza Absoluta”, José Rodrigues dos Santos chamou atenção de que ao seguir por aquela área, denunciando escândalos de corrupção, de desvio de fundos, entre outros, o profissional da comunicação social irá ao encontro dos interesses do público, mas vai chocar com os do poder instituído".(X)